2024

No início de cada ano, torna-se quase inevitável trazer para assunto de destaque os balanços e as antevisões.

O ano de 2024, já todos o percebemos, adivinha-se particularmente complexo pelas incertezas que arrasta de 2023. Por um lado, temos de lidar com as consequências e as incertezas provocadas por guerras que se refletem na nossa vida do dia a dia. A escalada e a duração destes conflitos ditarão – e muito – o desenrolar do ano de 2024. A nível internacional também não ficaremos imunes aos resultados, sejam eles quais forem, das eleições europeias ou americanas, e estas últimas, em particular, podem ter repercussões muito sérias e imprevisíveis, caso Donald Trump seja eleito presidente dos EUA.

A nível interno, sabemos que teremos pela frente umas eleições para a formação de um novo governo, que irão decorrer num clima de suspeição e de achincalhamento pessoal e institucional como há muito não se via. Quando se ouve na televisão, o líder do maior partido da (até agora) oposição a dizer que o PS (até agora) o partido da maioria absoluta, tem um “fetiche pelo Diabo” e que António Costa e Pedro Nuno Santos são “caçadores de gambozinos”, é de temer, e muito, o desenrolar da campanha eleitoral que está prestes a arrancar em força.

De uma forma mais comedida e discreta, mas obrigatória, o ano de 2024 irá dar início a movimentações nas autarquias. O meio do mandato está aí e nos concelhos e freguesias onde os atuais autarcas não se podem recandidatar, terá de ser preparada a sucessão e a promoção dos novos candidatos para estarem preparados para o desafio das eleições em 2025. No caso do nosso concelho, temos Rosa Palma à frente do seu último mandato, bem como os presidentes Luís Cabrita, em São Marcos da Serra; Ricardo Pinto em Armação de Pêra; Sérgio Antão, na União de Freguesias de Algoz e Tunes, e Tito Coelho, em Silves.

Enquanto esta nova realidade se equaciona e se procuram as pessoas certas, os atuais autarcas têm ainda bastante tempo para apresentarem e/ou desenvolverem os seus projetos e programas. Na notícia que publicamos nesta edição, sobre o Orçamento e Grandes Opções do Plano da Câmara Municipal de Silves para o ano de 2024, é claro o grande esforço de investimento que a autarquia continua a fazer, principalmente nas áreas mais básicas, como escolas, rede viária, alargamento da rede de água e saneamento. O ano de 2024 trará também obras em todos os centros de saúde do concelho, assim as verbas do PRR cheguem atempadamente. Mas este será também um ano marcado pelas comemorações dos 50 anos do 25 de abril. Não só o Município de Silves irá apresentar um vasto conjunto de atividades, dirigido a todos os públicos e que se desenvolverá durante todo o ano, mas também associações e instituições irão associar-se a estas comemorações nacionais.

Ainda no âmbito concelhio, temos que destacar a importância da criação do Parque Natural Marinho do Recife do Algarve – Pedra do Valado. Passou relativamente desapercebida a participação de Rosa Palma e do presidente da Associação de Pescadores de Armação de Pêra, na COP 28, nos Emirados Árabes. Mas a sua presença num evento de abrangência mundial, para divulgar este novo parque marinho e toda a sua riqueza e singularidade é um feito assinalável que com certeza trará retorno – saibamos nós o explorar e aproveitar para a comunidade.

Não menos importante, em 2024, será o início dos trabalhos da recém formada Associação Algarvensis cuja missão de constituir o Geoparque Algarvensis, no território de Silves, Loulé e Albufeira irá proporcionar novas e estimulantes possibilidades de desenvolvimento.

No final de 2024, se verá quanto dos projetos, ideias e até sonhos foram concretizados, a nível social e pessoal. Na verdade, o poeta tinha razão quando dizia que sempre que um homem sonha, o mundo pula e avança. Façamos também a nossa parte para a mudança.

Permitam-me pois terminar este primeiro texto de janeiro com os votos de saúde, trabalho e sonhos para todos vós.

 

 

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