História & Património

Documentos para a história da ponte velha de Silves – I

Numa altura em que decorrem as obras, há muito aguardadas, de reabilitação, conservação e restauro da emblemática ponte de Silves, pareceu-nos oportuno divulgar alguns documentos que confirmam a sua origem medieval, já demonstrada no modelar estudo de João Pedro Bernardes e Maria José Gonçalves, A ponte “velha” (Monumentos, nº 23, 2005, pp. 62-67). O primeiro documento que apresentamos, em transcrição modernizada, é de um pedido ao rei D. Afonso V, feito pelos representantes de Silves nas Cortes de Lisboa, em Dezembro de 1439: Primeiramente, senhor, por os nossos pecados somos postos em trabalhos e despesas de uma ponte de pedra …

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Silves comemora Dia Nacional dos Centros Históricos

A Câmara Municipal de Silves assinala, no dia 28 de março, o Dia Nacional dos Centros Históricos com uma programação especial repleta de atividades gratuitas, para adultos, jovens e crianças, que se realizam ao longo do dia, no Centro Histórico de Silves. O programa comemorativo pretende divulgar, informar e sensibilizar para a história e para a dinâmica urbanística deste espaço que concentra um vastíssimo património arquitetónico e arqueológico. As atividades decorrem entre as 10h00 e as 18h00 no Centro Histórico de Silves, Praça Norte da Sé, Largo da Sé e Sala de Colóquios do Museu Municipal de Arqueologia de Silves. …

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Sociedades de S. Marcos da Serra, Alcantarilha, Silves e Messines; Velhinhas mas ativas…. Continuam a cumprir aniversários

A 24 de fevereiro de 1929, um grupo de comerciantes e operários fundou a Sociedade de Instrução e Recreio Messinense, a mais antiga do concelho de Silves. A 31 de janeiro de 1932 era fundada a Sociedade Recreativa e de Instrução de São Marcos da Serra. A 7 de fevereiro de 1933 nascia a Sociedade Filarmónica Silvense. E a 31 de janeiro de 1935 era fundada a Sociedade Recreativa Alcantarilhense. Ainda ativas, as nossas quase centenárias coletividades festejaram recentemente mais um aniversário. A Sociedade Recreativa e de Instrução de São Marcos da Serra assinalou a data do 93º aniversário com …

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A Igreja Matriz de São Marcos da Serra ( conclusão)

(conclusão) Na primeira metade do século XIX, a pacata aldeia de São Marcos conheceu períodos de grande agitação que perturbaram não só a vida económica e social da pequena comunidade rural (cerca de 250 vizinhos), mas que também afectaram bastante a vida religiosa. A guerra civil que opôs liberais e absolutistas (1828-1834) e as acções de guerrilha desenvolvidas a partir de 1836, sob o comando do Remechido, e que se prolongaram depois do seu fuzilamento em 1838, até cerca de 1843, deixaram profundas marcas numa freguesia devota e conservadora, naturalmente partidária da causa miguelista do “Trono e do Altar”. Numa …

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Egas Moniz e João de Deus

Egas Moniz venerou João de Deus ao longo de toda a sua vida. Na juventude e no ocaso bem o demonstrou. Já depois de ter recebido o Prémio Nobel de Medicina, em 1949, mostrou o seu apego ao poeta e pedagogo. Eu já o tinha topado quando compus João de Deus – Vida, publicada pela Imprensa Nacional no princípio do ano de 2024, que ora findou. António Caetano de Abreu Freire de Resende Egas Moniz integrara a comitiva de milhares de estudantes da Universidade de Coimbra que se deslocara em comboio fretado a Lisboa para homenagear João de Deus, pelos seus …

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A Igreja Matriz de São Marcos da Serra, do século XVI aos nossos dias

Classificada como imóvel de valor concelhio, desde 1995, a igreja de São Marcos da Serra conserva, na sua configuração actual, marcas históricas de diferentes épocas e elementos patrimoniais que a tornam no edifício mais representativo da freguesia, com relevante importância cultural, simbólica e afectiva para as gentes da isolada povoação serrana. Ainda que não seja conhecida documentação escrita sobre a fundação da igreja e criação da freguesia, subsistem testemunhos que nos permitem apontar os finais do século XV ou inícios do século XVI para uma primeira construção, provavelmente de uma ermida dedicada ao santo evangelista, desde logo as ombreiras tardo-góticas …

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A urgência do desassoreamento do Rio Arade em 1822 e os relatórios técnicos elaborados para o efeito – II

O desassoreamento do rio Arade foi considerado, em julho de 1822, em Lisboa, pelas Cortes, como uma prioridade em Portugal. Nessa sequência, o governo enviou de imediato a Silves dois técnicos especialistas, Francisco Lino e Mr. Deflorence (provavelmente de nacionalidade francesa, ou belga), com o objetivo de elaborarem uma proposta de intervenção. Ainda que, estivesse prevista a redação de uma exposição conjunta, tal não aconteceu, pela antecipação de Francisco Lino, facto que Mr. Deflorence não deixou de lamentar e de transmitir às Cortes. Na última edição do «Terra Ruiva» recordámos o conteúdo do relatório de Francisco Lino, pelo que analisaremos …

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Terra Ruiva a entrar nos 25 anos…

Em Abril de 2025, o Terra Ruiva – Jornal do Concelho de Silves celebra o seu 25º aniversário. Para comemorar, ao longo do ano iremos promover algumas iniciativas que ilustrarão o percurso iniciado no dia 25 de Abril de 2020, em Silves, com a apresentação da edição nº 0, deste projeto informativo promovido pela Associação de Desenvolvimento do Concelho de Silves – Pé de Vento. Um projeto que em Janeiro de 2025 põe na rua a edição nº 272 , distribuída localmente e enviada para muitos lugares do mundo, e que, em simultâneo se expande através da internet e das …

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A tradição de cantar as janeiras – Grupo de Cantares das Janeiras da Sociedade Recreativa Alcantarilhense

O concelho de Silves continua a manter uma forte tradição, com muitos grupos a cantar “as janeiras”. Cantar as janeiras é uma tradição muito antiga. Os historiadores dizem que tem uma origem pagã, vinda da Antiga Roma onde se comemorava o ano novo em nome de Janus, o deus do passado e do futuro, o porteiro celestial, que fechava a porta do ano que terminava e abria a porta ao ano que começava. Ao longo dos tempos, essa comemoração “misturou-se” com a tradição cristã de “Cantar os Reis” e deu origem ao Cantar as Janeiras. Cantar as Janeiras é uma …

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A urgência do desassoreamento do Rio Arade em 1822 e os relatórios técnicos elaborados para o efeito – I

Na edição do «Terra Ruiva», n.º 174, de Fevereiro de 2016, recordámos o pedido que o presidente da Câmara de Silves, o juiz de fora Dr. António Pedro Baptista Machado, fizera às Cortes em 1822, na sequência do ambiente de regeneração que se vivia no país, advindo da Revolução Liberal de 1820. Assim, o Dr. António Machado deu conta aos deputados da decadência que se vivia na cidade, despovoada e doentia, com um comércio moribundo, e de agricultores arruinados pela perda frequente das suas culturas, tudo originado e provocado pelo assoreamento do rio Arade. Este era, por assim dizer, o …

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