Maria Luísa Anselmo

Natural de Portimão, nascida em 1925. "Licenciada em Direito, por em dado momento dos 18 anos, ter sido operada, e anestesiada, ao acordar ter ouvido homens a cantar, mas que lhe soou triste lamento. E chorou, firmando em si, para ajudar quem assim sofresse, o desejo de ser advogada. Tinha apenas a quarta classe. E, depois, de incríveis dificuldades, conseguiu, e em si ficou o desejo da sociedade ser melhor para todos, ser justa para cada um." Candidata pelo BE à Câmara de Silves, foi durante muitos anos diretora do Grupo de Teatro A Gruta, de Silves.

Desenvolvimento mental saudável

Disse Albert Einstein:- “A palavra progresso não tem qualquer sentido, enquanto houver crianças infelizes.” E os ares estão atordoando com notícias de crianças infelizes: umas, arrastadas pelas estradas, ao frio e à fome, musicadas pelos lamentos dos que as arrastam; muitas outras, em seus pobres lares, onde o sofrimento, a raiva, a miséria, se instalaram, com o desemprego e outros problemas dos pais durando, durando; outras, em seus lares parecendo bem, vivem sem a ternura adequada, em ambiente de desamor, de despique entre adultos, também vitimados, sei lá quanto; outras, agora, vincasse-se-lhes a solidão, com a ilusão de acompanhamento pelo …

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A feira acabou

Os apregoadores da qualidade de suas próprias fazendas descansam desiludidos, no cansaço de tanta verbosidade, quantas vezes sem interesse, ineficaz. E o que melhor pensou a publicitação, vendeu e lucrou, não poderá, nem pensar, sentar-se e descansar, cheio de si próprio. Qual história ilusória! Luzes de uma nova época estão, por aqui e por ali, a surgirem, e as velhas estão se apagando. Até as antigas cartilhas já não estão a dar para encantar, impor, salvar… Na área municipal, -aliás, não só-, vão se notando realizações de evolução de que todo o país está faminto. Por exemplo, no nosso concelho, …

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Correr para saúde ter, saber para crescer

Há dias, recebi um mail com a seguinte frase: “O português reclama de quê?” Depois, seguia a enumeração das caraterísticas que nos tolham, adormecem, anulam, vitimam. Desde a corrupção à ignorância e sei lá quantas mais. A seguir vinha a frase:” E admiramo-nos da crise em que estamos naufragando?” Situo-me eu, agora, exemplificando com algumas dessas caraterísticas negativas. Uma: “Descansa ela agora vai empregar-te já. Levei-lhe uma galinha bem gorda, e dispus-me ajudá-la quando fizer limpezas.”; outra: “Calha-me muito bem o meu patrão ser mesmo giro… Bem percebo o que ele quer…Ora vou fazer-lhe a vontade. Feio ele fosse…promover-me-á logo”; …

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Natal de 2015

Está pertinho… os melhores desejos para todos vós. Aliás, em Natal, não vivamos só para comprar, sim, amando verdadeiramente. Em casa chaminé apareça, enfim, jóia preciosa iluminando cada ser humano, pois é tamanha a escuridão que por ali e aqui se espalha que me aflige e desestimula. E nós estamos carecidos de luz, cada vez mais, como de pão para a boca, não tenham dúvidas. Na verdade, uns indiferentes, outros a isso juntando ambição desvairada, e outros mantidos cegos, sei lá há quanto. O certo, é que temos de avançar, autenticamente, evoluir, parar a decadência criminosa em que vamos caindo. …

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Educação, Cultura, essas beneméritas!…

E quem de direito está, verdadeiramente, interessado nelas? Em desenvolvê-las, em promovê-las, em proporcioná-las, como direito, a cada um dos cidadãos a governar? O analfabetismo e a ignorância permanecem, entre nós… E tem havido várias experiências, entre elas a de Bento de Jesus Caraça. Lá pelas décadas 30 e 40, bem lutou contra isso, resolveu pôr em prática, palestras ensinando matemática na chamada Universidade Popular, a operários e pessoas com pouca instrução, para terem consciencialização crítica e desafiarem a ditadura do Estado Novo. Após o 25 de Abril, por sondagem realizada, havia 42% dos portugueses não sabiam ler nem escrever. …

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Silves, por aí há poetas…

Dizem que no século XII, Silves sob o domínio mouro, era terra de poetas, mote que se dissesse a alguém, logo provocava uma quadra. Seria, será (por aí há poetas…) pelas tonalidades de beleza, que nimbam Silves, do amanhecer ao alvorecer, talvez das ainda irradiantes influências de heranças, dos muitos povos que nos antecederam, na região. No seu livro, o nosso filósofo, José Gil, “Portugal Hoje. O Medo de existir”, afirma que um dos nossos dramas é mantermos o medo, ajudando a esquecer, a esfacelar a possibilidade de inscrição na nossa mente, na nossa memória, dos acontecimentos que muito amarguraram …

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