Ao utilizar este site, concorda com a nossa politica de privacidadePolitica de Privacidade e Termos e Condições.
Accept
Terra RuivaTerra RuivaTerra Ruiva
  • Concelho
  • Sociedade
    • Ambiente & Ciência
    • Cultura
    • Educação
    • Entrevista
    • História & Património
    • Lazer
    • Política
  • Opinião
  • Vida
  • Economia & Emprego
  • Algarve
  • Desporto
  • Autores
    • António Eugénio
    • António Guerreiro
    • Aurélio Cabrita
    • Clara Nunes
    • Débora Ganda
    • Eugénio Guerreiro
    • Fabrice Martins
    • Francisco Martins
    • Frederico Mestre
    • Helena Pinto
    • Inês Jóia
    • José Quaresma
    • José Vargas
    • Maria Luísa Anselmo
    • Maria José Encarnação
    • Miguel Braz
    • Paula Bravo
    • Paulo Penisga
    • Patricia Ricardo
    • Ricardo Camacho
    • Rocha de Sousa
    • Rogélio Gomes
    • Sara Lima
    • Susana Amador
    • Teodomiro Neto
    • Tiago Brás
    • Vera Gonçalves
  • Página Aberta
  • AUTÁRQUICAS 2025
    • AUTÁRQUICAS 2021
  • Edições
Reading: O consumidor faz-tudo
Partilhe
Font ResizerAa
Terra RuivaTerra Ruiva
Font ResizerAa
  • Home
  • Demos
  • Categories
  • Bookmarks
  • More Foxiz
    • Sitemap
Follow US
  • Advertise
© 2022 Foxiz News Network. Ruby Design Company. All Rights Reserved.
Terra Ruiva > Opinião > O consumidor faz-tudo
Opinião

O consumidor faz-tudo

Fabrice Martins
Última Atualização: 2024/Fev/Sáb
Fabrice Martins
2 anos atrás
Partilhe
PARTILHE

A introdução de caixas self-service, ou faça você mesmo, para pagamento nos hipermercados e grandes superfícies em substituição das tradicionais linhas de caixa com colaboradores é uma tendência que se tem generalizado.

As ditas caixas self-service convertem o consumidor que está prestes a adquirir produtos e artigos num consumidor-colaborador ou, se preferir, no consumidor faz-tudo.

O consumidor, para além do acto de se deslocar fisicamente ao local, selecionar os artigos, colocá-los no carrinho ou cesto para posteriormente retirá-los para pagar na caixa, quando chegado a este último patamar é momentaneamente convertido num colaborador da empresa para de forma desenfreada pegar nos artigos, proceder à leitura dos códigos de barras, colocá-los dentro de sacos – por falar nisso, trouxe sacos consigo? se não trouxe, não se esqueça de os passar também no leitor – e finalmente avançar para o pagamento.

Tudo isto decorre sob o olhar atento de um supervisor responsável por monitorar várias caixas automáticas, não vá algum colaborador, perdão consumidor-colaborador, precisar de ajuda. Ou será formação? Adiante, até para a fila não se alongar muito. O consumidor-colaborador procede ao pagamento e o que recebe em troca? Uma mensagem num ecrã: “obrigado e volte sempre”. Pudera!

Com jeitinho, os consumidores-colaboradores, poderiam ir buscar as mercadorias directamente aos camiões, dispensando assim os colaboradores da reposição, e no final passar um pano para limpar a área onde realizou a leitura dos artigos e o pagamento. Enquanto isso não sucede, o consumidor-colaborador pega nas suas compras e vai embora todo satisfeito, sem qualquer recompensa ou desconto. Se for embarcar nessa moda, o mínimo seria um desconto no valor da fatura de 25% ou uma nova categoria de dedução à coleta no IRS: pagamento nas “caixas automáticas self-service”.

Quais serão as tendências nos anos vindouros? O entusiasmo do mercado e o aparecimento de empresas tecnológicas ou startups que procuram desenvolver estas tecnologias conduzirão porventura a grandes alterações na forma como adquirimos e pagamos artigos no sector do retalho. Talvez as caixas de pagamento sejam totalmente eliminadas e um cliente possa simplesmente recolher os artigos que pretende de uma prateleira e sair com eles na mão ou num saco, enquanto é vigiado por centenas de câmaras e inteligência artificial que consegue identificar o que foi levado, ou consumido no local, e por quem para debitar automaticamente da sua conta bancária, da carteira digital do telemóvel ou relógio inteligente, por exemplo. Haja dinheiro, claro.

Porém, até lá, as lojas enfrentam desafios com este tipo de soluções. Além da necessidade de empregos de tecnologias de informação com salários mais elevados para implementar, configurar e operacionalizar estas soluções, as máquinas self-service são dispendiosas e avariam frequentemente, o que aumenta a frustração do consumidor faz-tudo quando se depara com mensagens de erro ou uma máquina que recusa colaborar, o que pode levar a que compre menos artigos ou que simplesmente opte por ir comprar noutro local.

O risco das lojas incorrerem em maiores perdas e mais furtos nas caixas self-service é também mais elevado do que nas tradicionais linhas de caixa com colaborador, quer por erros honestos do consumidor faz-tudo, quer por furtos intencionais. A esse propósito, recordo-me de uma notícia de um indivíduo que recorreu a uma caixa self-service para realizar o pagamento de uma consola de videojogos no valor de centenas de euros. O que fez o indivíduo? Pegou na caixa do artigo e colocou-o na balança, pesando o artigo como sendo fruta e realizou o pagamento de… 8 euros. Há por isso, um difícil exercício de equilíbrio por realizar entre segurança e conveniência do cliente.

Embora compreenda as vantagens para as empresas que optem por este sistema, sendo frequentemente referidas a redução de custos, a diminuição das filas de espera nas caixas e a transição dos colaboradores da linha de caixas para outras áreas, como o aconselhamento e assistência ao cliente, preocupa-me a componente social, as pessoas. A voz humana de um simples “bom dia, bem-vindo e obrigado”, “bom dia, como vai hoje?”, o atendimento personalizado com um sorriso, o serviço ao cliente e a interação humana dão lugar a uma experiência impessoal cada vez mais marcada por ecrãs e máquinas. A alienação social, por um lado, e a solidão, sobretudo dos mais idosos, por outro, também se propagam desta forma egoísta de cada um por si.

Tempo: o melhor presente para os filhos
Algarvensis
A urgência da participação jovem nas urnas
Exatamente
A grande ausente
TAGGED:consumidor faz-tudoFabrice Martins
Partilhe este artigo
Facebook Email Print
PorFabrice Martins
Nasceu em França em 1982 e desde 1993 que reside no concelho de Silves. Licenciado em Relações Internacionais pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, realizou posteriormente uma pós-graduação em Gestão Empresarial pela Faculdade de Economia da Universidade do Algarve. Tem como principais áreas de interesse a gestão, a geopolítica bem como a segurança e defesa. Após uma passagem pelo sector da banca, assumiu nos últimos anos o papel de gestor assistente e coordenador operacional de proteção de dados. Nos tempos livres, desenvolve as suas paixões pela música, fotografia e desportos motorizados.
Artigo Anterior Fim de semana com sabor a laranja, em Silves
Próximo Artigo Câmara de Silves vai fazer reuniões descentralizadas nas freguesias
1 comentário
  • Nuno diz:
    10 de Março, 2024 às 16:19

    Então a empresa IKEA que faz uma publicidade de gozar com o próximo e de se meter na política, ainda coloca os seus clientes que tanto € lhes paga a trabalhar sem segurança social, sem descontos , sem contrato . E se eu me magoar a trabalhar? Pois a Ikea não tem caixas com operadores , é o cliente sem opção que tem de fazer o trabalho de tudo, tem de ir para computadores para pesquisar o artigo, tem de recolher e carregar o artigo e ainda tem de registar os artigos.
    Como se este abuso não bastasse, em Matosinhos fui abordado brutamente a funcionária e supervisora com o segurança , retiveram- me o que é crime e começaram a me olhar de cima a baixo e a ver a minha factura que tinha os meus dados pessoais que não o podem fazer, a funcionária foi mesmo tirar na máquina uma fatura para si e enquanto não viram tudo fiquei retido contra a minha vontade .
    Não comprem em empresas que não cumprem a lei, que colocam o cliente a fazer o seu trabalho e ainda o maltratam.
    E existem muito mais empresas e mais baratas pois o IKEA não é nada barato .

    Responder

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Últimas

Faleceu a jornalista silvense Aliette Martins
Pessoas Vida
Cancelada a Feira de São Luís, em Alcantarilha
Concelho
Exposição de Fotografia de Erik Roth, na Amorosa
Cultura Sociedade
Associação Rodas Lentas de Silves organiza um magusto
Desporto
Rede Regional de Mercados Locais celebrou o seu 2º aniversário
Economia Economia & Emprego

– Publicidade –

Jornal Local do Concelho de Silves.

Links Úteis

  • Notícias
  • Estatuto Editorial
  • Ficha Técnica

Publicidade

  • Publicidade & Assinaturas
  • Conteúdo Patrocinado

Info Legal

  • Contactos e Info Legal
  • Termos e Condições
  • Politica de Privacidade

Siga-nos nas Redes Sociais

© Copyright 2025, Todos os Direitos Reservados - Terra Ruiva - Created by Pixart
Welcome Back!

Sign in to your account

Username or Email Address
Password

Lost your password?