Ao utilizar este site, concorda com a nossa politica de privacidadePolitica de Privacidade e Termos e Condições.
Accept
Terra RuivaTerra RuivaTerra Ruiva
  • Concelho
  • Sociedade
    • Ambiente & Ciência
    • Cultura
    • Educação
    • Entrevista
    • História & Património
    • Lazer
    • Política
  • Opinião
  • Vida
  • Economia & Emprego
  • Algarve
  • Desporto
  • Autores
    • António Eugénio
    • António Guerreiro
    • Aurélio Cabrita
    • Clara Nunes
    • Débora Ganda
    • Eugénio Guerreiro
    • Fabrice Martins
    • Francisco Martins
    • Frederico Mestre
    • Helena Pinto
    • Inês Jóia
    • José Quaresma
    • José Vargas
    • Maria Luísa Anselmo
    • Maria José Encarnação
    • Miguel Braz
    • Paula Bravo
    • Paulo Penisga
    • Patricia Ricardo
    • Ricardo Camacho
    • Rocha de Sousa
    • Rogélio Gomes
    • Sara Lima
    • Susana Amador
    • Teodomiro Neto
    • Tiago Brás
    • Vera Gonçalves
  • Página Aberta
  • AUTÁRQUICAS 2025
    • AUTÁRQUICAS 2021
  • Edições
Reading: A COP26
Partilhe
Font ResizerAa
Terra RuivaTerra Ruiva
Font ResizerAa
  • Home
  • Demos
  • Categories
  • Bookmarks
  • More Foxiz
    • Sitemap
Follow US
  • Advertise
© 2022 Foxiz News Network. Ruby Design Company. All Rights Reserved.
Terra Ruiva > Opinião > A COP26
Opinião

A COP26

Frederico Mestre
Última Atualização: 2021/Nov/Qua
Frederico Mestre
4 anos atrás
Partilhe
PARTILHE

Ouvimos, por estes dias, falar na COP26 ou 26ª Conferência das Partes. Reúne países, organizações não governamentais e cientistas, entre outros, para definir metas que minimizem os impactos humanos no clima, e decorre em Glasgow, na Escócia. Trata-se um tabuleiro político e diplomático, no qual se joga o nosso futuro comum.
Devemos olhar de modo crítico para as ações dos líderes mundiais mais do que para as suas palavras. Serão, por estes dias, produzidos belíssimos e inspirados exemplos de oratória, mas não correspondem a políticas concretas e eficazes que ataquem o problema, visto que a situação continua a deteriorar-se. Podemos estar quase a atingir danos irreversíveis, com feedbacks positivos que tornem a situação imparável. Esse ponto atinge-se se não conseguirmos manter a temperatura da Terra com um aumento inferior a 1.5ºC até ao fim do século relativamente ao período pré-industrial.

Não estou otimista, confesso. E tenho bons motivos para isso. Passaram 25 conferências como esta e a concentração de dióxido de carbono na atmosfera continua a aumentar. Tivemos uma pandemia, durante a qual houve uma pequena diminuição das emissões de dióxido de carbono, mas voltamos depressa a níveis de emissões comparáveis aos pré-pandémicos.
E porque é que isso importa? Porque o dióxido de carbono é um gás causador de efeito de estufa. Quando a radiação do Sol atinge a Terra alguma é absorvida, outra é refletida de volta para o espaço. O dióxido de carbono age como o plástico de uma estufa, impedindo a radiação de ser refletida, aumentando a temperatura. A solução para este problema é fazer com que exista menos concentração de dióxido de carbono na atmosfera, ou seja retirar o “plástico” da estufa.

O mais importante objetivo para limitar as alterações climáticas é o de atingir a neutralidade carbónica até 2050, ou seja, capturar a mesma quantidade de carbono que é emitido. Este objetivo implica imensas alterações no nosso modo de vida, nas políticas públicas. A energia elétrica obtida à base da queima de combustíveis fósseis, tem de ser gradualmente substituída por outras fontes, não poluentes e renováveis. Os carros com motores de combustão têm de ser substituídos por carros elétricos. Estas medidas contribuem para a neutralidade carbónica reduzindo as emissões de carbono. Por outro lado, temos de retirar carbono da atmosfera, permitindo que se acumule sob a forma de floresta. Um dos “ingredientes” principais das árvores (e dos seres vivos em geral) é o carbono. Ao aumentar a área de floresta aumentamos o volume de carbono que está nas árvores. Está nas árvores, não está na atmosfera.

No entanto, as medidas que estão propostas até agora levariam a um aumento de temperatura de 2.9 ºC até ao fim do século, se comparados com as temperaturas de períodos pré-industriais. Compromissos adicionais, anunciados pelos diversos governos, reduziriam mais 0.5ºC. Até agora 131 países anunciaram compromissos de emissões neutras. Se esses compromissos fossem cumpridos a temperatura aumentaria até ao fim do século 2ºC. O que ainda é muito, visto que os objetivos definidos em Paris em 2015 apontam para um aumento não superior a 1.5ºC. Infelizmente a Índia, um dos maiores responsáveis pelas emissões anunciou já que só atingirá a neutralidade carbónica em 2070, o que é 20 anos mais tarde.

Os países têm correspondido a esta emergência? Não, de acordo com o Climate Action Tracker, um grupo de cientistas e outros peritos que avaliam os compromissos dos governos de cerca de 40 países. Desses, 29 têm compromissos considerados “criticamente insuficientes” a “insuficientes”.

Entre estes estão alguns dos maiores poluidores, como a Rússia, Brasil, Índia, Estados Unidos e União Europeia. Sete países têm políticas “quase suficientes” (dos quais só o Reino Unido pertence ao grupo dos países industrializados), são compatíveis com a meta de 2ºC. Unicamente a Gâmbia apresenta políticas compatíveis com a manutenção da subida média de temperatura abaixo dos 1.5ºC.

Queremos mesmo ser a espécie que destrói as condições ideais para a sua sobrevivência? Não se trata de salvar a vida na Terra. A vida já superou crises mais dramáticas. Trata-se de salvar esta vida: as espécies que conhecemos e a nossa.

Tempo: o melhor presente para os filhos
Algarvensis
A urgência da participação jovem nas urnas
Exatamente
A grande ausente
TAGGED:COP26Frederico Mestre
Partilhe este artigo
Facebook Email Print
PorFrederico Mestre
É natural de Moura, no Alentejo, licenciado em Biologia, mestrado em Biologia da Conservação e doutorado em Biologia pela Universidade de Évora. Desenvolve a sua actividade profissional como investigador pós-doutorado na mesma universidade. O seu trabalho incide sobre os impactos que as alterações climáticas e dos habitats naturais têm na biodiversidade. Tem outros interesses, com a fotografia e o urban sketching. Acredita que a ciência deve ser comunicada de modo claro, numa lógica de partilha de conhecimento com o público em geral.
Artigo Anterior COVID-19 – Algarve tem mais 1 óbito e 215 novos casos
Próximo Artigo Inauguração de percurso “Pelos Caminhos de João de Deus”
Sem comentários

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Últimas

Faleceu a jornalista silvense Aliette Martins
Pessoas Vida
Cancelada a Feira de São Luís, em Alcantarilha
Concelho
Exposição de Fotografia de Erik Roth, na Amorosa
Cultura Sociedade
Associação Rodas Lentas de Silves organiza um magusto
Desporto
Rede Regional de Mercados Locais celebrou o seu 2º aniversário
Economia Economia & Emprego

– Publicidade –

Jornal Local do Concelho de Silves.

Links Úteis

  • Notícias
  • Estatuto Editorial
  • Ficha Técnica

Publicidade

  • Publicidade & Assinaturas
  • Conteúdo Patrocinado

Info Legal

  • Contactos e Info Legal
  • Termos e Condições
  • Politica de Privacidade

Siga-nos nas Redes Sociais

© Copyright 2025, Todos os Direitos Reservados - Terra Ruiva - Created by Pixart
Welcome Back!

Sign in to your account

Username or Email Address
Password

Lost your password?