Delegação do BE visita Hospital de Portimão e diz que há ainda muitas carências

Um grupo de dirigentes do Bloco de Esquerda visitou, no dia 19 de outubro, o Hospital de Portimão tendo reunido com o Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve/CHUA, “com o objetivo de procurar saber quais as dificuldades com que se debate este Centro Hospitalar e as necessárias respostas em tempos de pandemia”.

Dessa visita, que contou com a presença de Catarina Martins, coordenadora nacional do BE, do deputado João Vasconcelos, eleito pelo Algarve, e outros dirigentes resultou a constatação de que o “Centro Hospitalar continua a debater-se com falta de muitos profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros e outros técnicos de saúde. Há áreas muito carenciadas, nomeadamente a nível de pediatria e anestesiologia.”

Assim, o BE, defende algumas medidas a tomar, nomeadamente a valorização das carreiras e a criação de mais incentivos que permitam a fixação de mais médicos e outros profissionais de saúde. “Os níveis remuneratórios dos assistentes operacionais necessitam de ser aumentados. O SNS a nível hospitalar na região atravessa graves constrangimentos quando 10% do Orçamento do Centro Hospitalar é gasto no pagamento da prestação de serviços externos. Por outro lado, importa realizar mais investimentos nos meios materiais, o que não tem acontecido nos últimos anos, não obstante ter havido vários anúncios de investimento por parte dos últimos governos, o que não se concretizou. Os concursos continuarão a ficar vazios se não se encontrarem condições para os médicos e outros profissionais exercerem a sua profissão”, afirma o BE.

Para o Bloco, deve ser “garantida a vinculação dos profissionais e criar condições para a sua dedicação plena, assim como garantir a abertura de concursos para formação de especialidade”.
Um outro aspeto, defendido pelo Bloco, “mas que o governo teima em não aceitar, é a criação da careira de técnico auxiliar de saúde”.

Já na parte da tarde, o BE deslocou-se ao Quartel do Exército, em Tavira, para se inteirar das condições em que se encontram detidos os migrantes marroquinos.
Para o Bloco de Esquerda “é lamentável e desumano que seres humanos que deixam os seus países e famílias e vêm à procura de uma melhor vida, arriscando a própria vida na deslocação, sejam atirados para a prisão a chegarem ao nosso país, como acontece em Tavira e noutros locais. A falta de meios físicos de instalação para se assegurar os direitos básicos de qualquer cidadão, é próprio de regimes subdesenvolvidos ou totalitários. Essas pessoas, como quaisquer outras, devem ter direito a recorrer a advogados, a apresentar pedidos de Asilo Internacional ou serem notificados para o abandono voluntário do território nacional. Os centros de acolhimento devem ter as condições dignas para a instalação temporária dos migrantes. Sabe-se que o número de migrantes e refugiados reinstalados no país é muito inferior às necessidades, o que revela diversas lacunas na implementação de efetivas medidas capazes de concretizar os acordos estabelecidos.”

Neste contexto o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda “irá interceder junto do Governo e da Assembleia da República para que, rapidamente, seja solucionada de forma positiva a situação dos migrantes detidos no quartel de Tavira e noutros locais do país.”

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