Apesar da seca, o consumo urbano de água subiu 4,6% em janeiro deste ano, quando comparado com o mês de janeiro de 2023.
Segundo os dados da Agência Portuguesa do Ambiente, verificou-se uma redução nos municípios de Silves, Castro Marim, Alcoutim e Vila do Bispo e nas empresas municipais de Loulé e Olhão. Em todos os outros municípios e empresas municipais responsáveis pelo abastecimento de água, o consumo aumentou. As principais subidas registaram-se em Albufeira, Portimão e Loulé.
Este aumento do consumo surge na altura em que o Algarve se encontra numa situação muito complicada, o que levou o Governo, na reunião de Conselho de Ministros realizada esta semana, a considerar a declaração do estado de calamidade ou de emergência para a região, o que levará ao incremento de novas e mais severas restrições.
A chuva que caiu nos últimos dias, também não reverteu a situação, sendo que as bacias das Ribeiras do Algarve e Arade continuam com níveis muito baixos, inferiores aos dos anos passados.
No final de janeiro, a Bacia do Arade estava 15,3% a 28,2% da sua capacidade (quando nesta altura deveria ter uma capacidade média de 55,9%). Também as suas barragens se encontravam muito abaixo dos níveis necessários: a Barragem do Arade a 15,3% da sua capacidade; a Barragem do Funcho a 33,3%; e a Barragem de Odelouca a 28,8%.