IPMA alerta para a presença da medusa-tambor nas praias do Algarve

A espécie Rhizostoma luteum, conhecida como medusa-tambor, tem sido avistada em abundâncias consideráveis em praticamente toda a região do Algarve, desde Lagos a Vila Real de Santo António.

Esta espécie tem sido avistada principalmente na zona do sotavento, mas o Terra Ruiva recebeu relatos de avistamentos também em Armação de Pêra. Segundo o IPMA, desde a última semana de junho à data, o programa do IPMA #GelAvista (Programa de monitorização de organismos gelatinosos na Costa portuguesa) já recebeu mais de 120 avistamentos da espécie.

A ocorrência da espécie é comum na costa portuguesa, com particular incidência no Algarve, durante os meses de verão e outono. Estas são ocorrências cíclicas naturais, associadas ao período da sua reprodução. O aumento destas ocorrências estará relacionado com correntes e ventos que favorecem o transporte dos organismos até às praias.

Trata-se de uma medusa de grandes dimensões, cuja campânula pode chegar aos 60 centímetros de diâmetro. É caracterizada pelos seus braços orais curtos e folhosos, com longos apêndices de coloração escura nas extremidades.

A medusa-tambor é considerada ligeiramente urticante. Em caso de contacto direto com a pele, deverão ser aplicadas compressas de gelo durante cerca de 15 minutos, após lavar e limpar a zona afetada com água do mar.

O GelAvista aconselha que se evite tocar nos organismos, mesmo quando aparentam estar mortos na praia, bem como tentar a sua devolução ao mar.

Recomenda-se a sinalização da presença das medusas e a comunicação da sua localização aos nadadores-salvadores. Preferencialmente, não se deve interferir com o ecossistema, mas, se necessário, os organismos poderão ser removidos para lixo orgânico e nunca enterrados.

Deste 2016, o GelAvista, programa de ciência cidadã do IPMA, monitoriza os organismos gelatinosos que ocorrem em águas portuguesas, recolhendo informação crucial sobre estes animais.

Poderá comunicar qualquer avistamento desta ou de outras espécies de organismos gelatinosos através da aplicação GelAvista ou enviando email para plancton@ipma.pt, referindo a data, hora, local, número de organismos e fotografia (com objeto a servir de escala).

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