No mês de março, o consumo da água reduziu em 15 dos 16 municípios do Algarve, com uma descida global de 17,9 %, comparativamente a março de 2023, o que representou uma poupança de 884 mil metros cúbicos de água.
Segundo os dados divulgados pela Agência Portuguesa do Ambiente, o concelho onde se regista maior redução no consumo de água é Alcoutim, com -38,89%. Segue-se Castro Marim (29,46%), Vila do Bispo (-28,8%), Lagoa (-26,71%), Silves (-23,99%), Albufeira (-18,78%), Lagos (-14,52%), Aljezur (-14,40%), Loulé (-14,31%), São Brás de Alportel (-11,83%). No concelho de Monchique o consumo aumentou 0,02%.
Nas empresas municipais de abastecimento urbano de Loulé, Vila Real de Santo António, Olhão, Portimão, Faro e Tavira, também se registou uma redução, assim como no sector agrícola e no golfe, nos quais se consumiram menos 870.000 metros cúbicos, comparativamente a março do ano passado.
Não obstante estes resultados positivos, continuam os alertas para a situação grave que o Algarve enfrenta, já que se mantém numa situação difícil. Apesar de uma ligeira melhoria registada com as últimas chuvas, durante a passagem da depressão Nelson, a região continua com níveis muito baixos quer das águas subterrâneas quer das barragens, em especial as do Barlavento.
No que respeita ao Aquífero Querença- Silves, a APA afirma que “a situação no corrente ano hidrológico é mais desfavorável que na seca de 2005 e, significativamente, mais grave que na seca de 2022. Os níveis encontram-se muito próximos do nível médio da água do mar”.
No final do mês de março, a Barragem do Arade encontrava-se a 17,5% da sua capacidade; a do Funcho com 53,1%; e a de Odelouca a 41,4%.