Nasci uma semana antes do menino. Nasci na baixa comercial da cidade de Silves, numa segunda-feira ao final da tarde, já noite, ainda a tempo da interrupção letiva. Dias pequenos, noites longas. As ruas iluminadas com decorações em filigranas concedem brilho às noites e festividade aos dias. O frio, que sempre chega, aconselha ao reforço de mais uma mantinha no aconchego da pequena criança. O catraio chora, ri e é amamentado por sua mãe, na companhia de sua tia. Ainda não tem idade para desejar um brinquedo, um carro de bombeiros, um livro de histórias, um perfume. Ainda não acredita …
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