Conheci o meu avô já velhinho – teria eu seis ou sete anitos. Nasceu em meados da década de setenta do século XIX. Na sua vetusta face, eram visíveis os sulcos de profundas rugas, que traiam o passar inclemente dos anos, testemunhas de uma longa vivência, por vezes, dura. Recordo-o de jaqueta, calça de surrobeco, castanha, chapéu de feltro de três bicos e abas largas, cintura cingida por uma longa faixa de pano preto, com franjas nas extremidades, que lhe dava várias voltas à anca – na altura, não se usava cinto -, sentado na cadeira de bunho, à sombra …
Ler Mais »