TEÓFILO BRAGA, Figura notável, grau Doutor. Em 1915 é nomeado presidente da República. Figura intelectual na política, foi, desde Coimbra um admirador do Educador-Poeta João de Deus. Nessas amizades mútuas, Teófilo Braga publica o “Escorso Biográfico” do Educador, que se regista em fim do século XIX-XX. Fez publicar, em edição: “PORTUGAL-BRASIL”, esse “reduzido estudo”, pelo autor assim considerado. E assim, nas suas 30 páginas, o Amigo Teófilo levou o Poeta-Educador, aos dois continentes, na Homenagem ao Homem da Cartilha Maternal e da Poesia, já modernista: “A alma portuguesa caracteriza-se pelo sentimento vivo e pela paixão impetuosa. Assim a definiu Lope …
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Memórias Breves (30) – Homens como os outros
DOIS HOMENS que se marcam em registos de humanismo, de palavras e nas ações: Alberto Camus e José Saramago. O Argelino, de nacionalidade francesa e o Português, Ribatejano, José Saramago. CAMUS: jornalista, romancista, dramaturgo, filósofo. Nasceu em Mondavi, na Argélia, ainda colónia francesa, a 7 de Novembro de 1913. Figura central do pensamento europeu e norte-africano. Homem de combates políticos pelo mundo, nas palavras e ações. As suas palavras foram fortes para as fraquezas dos intervenientes que, no absurdo das conveniências, levaram o Homem filósofo a todas as suas posições públicas e de reflexões. Daí as suas obras, os …
Ler Mais »Memórias Breves (29) – António Ramos Rosa, numa memória
1958, “O GRITO CLARO” encheu a pequena família cultural de Faro em curiosidade. O Poeta tinha a idade de 34 anos. Já passara uma temporada em Lisboa, em circunstâncias de viver e de trabalho: escritório. “Prisão” para um Homem de contrário à sua vida livre e aberta que a juventude permite. Já passara pelo tempo de perseguição, no encontro de juventude, em Bela-Mandil, Faro, na comemoração da Primavera da vitória na 2ª grande guerra mundial: prisão, etc. Depois, da primeira experiência de Lisboa, regressa a Faro para viver a juventude, em 1958. Vivíamos num “clima” cultural, tendo o Ciclo Cultural …
Ler Mais »Memórias Breves (28) – O tempo da construção da República
Devemos começar pela cronologia da preparação da República em Portugal. Diríamos que o primeiro susto, de que aí vem a República, foi, aquando, a notícia da Revolução Francesa passou os Pirinéus, assustando a rainha Maria I de Portugal e de Além-mar , levando-a a uma precoce loucura. Disso “aguentou”, o bispo, que seria do Algarve, Francisco Gomes de Avelar, como seu confessor, empurrado que foi pelas intrigas jesuíticas, para o Algarve. Lembremos que, como figura de corredor europeu por Roma, e suspeito de ser iluminista. Eis a razão da nossa sorte, no Algarve, pela circunstância desse desterro… Só o Algarve …
Ler Mais »Memórias Breves (27) – O Deputado – O Professor – O Jornalista
O DEPUTADO da Assembleia Nacional, Jorge Correia, o Professor Universitário Vitorino Nemésio e o Jornalista e Director do semanário de Faro “CORREIO DO SUL”, Mário Lyster Franco, publicaram, no citado Semanário de Faro, as suas opiniões sobre a figura do distinto Algarvio Manuel Teixeira Gomes. Estávamos em 1968. … O Semanário de Faro, “Correio do Sul” fundado a 17/02/1920, foi um local por onde passaram todas as correntes políticas, desde o republicanismo ao sistema da União Nacional. Sigamos que foi do republicanismo ao anarquismo e fascismo, nas várias versões políticas. Comecemos pelo último director, Mário Lyster Franco, licenciado em Direito, …
Ler Mais »Memórias Breves – O movimento das estátuas
EM JANEIRO – 2020, publiquei em “Terra Ruiva”, o título “Nossa Senhora dos Pretos”. A hipocrisia dos séculos, em tempos de escravos pelo Algarve. Presentemente, e tão perto, o mundo exalta pela hipocrisia dos tempos passados/presentes, em que os negros foram libertos da escravatura (1865) e o republicano Lincoln, presidente republicano dos E.U.A. prometeu, aos escravos emancipados, que obteriam, após a vitória: Uma mula e 40 acres de terra (aproximadamente 16 hectares). Na ideia, afirmavam: Era para compensá-los por décadas de maus tratos e trabalho não renumerado e permitir-lhes olhar para o futuro, como trabalhadores livres. Mas assim que a …
Ler Mais »Memórias Breves: Manuel Teixeira Gomes, Um homem na Europa
A 6 de Agosto de 1923, os 193 congressistas elegeram, entre, Bernardino Machado, Duarte Leite, Augusto Soares e Magalhães Lima, o Algarvio Manuel Teixeira Gomes, para a Presidência da República Portuguesa. Os Congressistas sabiam que acabavam de fazer uma escolha de sentido patriótico, confiantes de que assim poderia haver continuidade no sistema Republicano, em Portugal. Só o eleito era portador do prestígio que a República carecia para a sua sobrevivência. O semanário de Faro, “O ALGARVE”, publica ( 12/08/1923), numa notícia de vinte palavras, que foi eleito Presidente da República . “O nosso comprovinciano sr. Manuel Teixeira Gomes, que há …
Ler Mais »Memórias Breves (24) – Uma lição em Tunis
É COMPLICADO entrar no tempo passado e desenvolver o futuro. Já o passado, esse, é entendido como desinteressante, como se não tivesse entrado e persistido nas memórias para as construções dos tempos… Como se a memória não fosse um caminho existencial. E nessa complexidade do desenvolvimento, o passado é entendido num futuro do complexo. Muito do meu tempo foi debatido entre jovens, nos dois graus, no dizer e ouvir entendido, sendo a Escola deles, também a minha, nessa responsabilidade mútua. Quanto mais a escola era habitada por classe de privilégio, mais complicada se tornava: Genève, Paris, Lyon, Saint-Etienne, Tunis, Siracusa, …
Ler Mais »Memórias Breves (22) – Nossa Senhora dos Pretos
O Algarve e os escravos africanos… Tudo começa no século XV, com as chamadas descobertas pela África, com o “negócio” dos compradores de africanos, chegados a Lagos. A narrativa de hoje é uma festa religiosa: “A Nossa Senhora dos Pretos”, assim dita, cruelmente, tinha, no tempo, numa naturalidade. Os escravos, a meio do século XVI abundavam, mais pelas 3 cidades do Algarve: Silves, Tavira e Faro, esta com a primazia… Com a deslocação da Diocese de Silves, para o Sotavento algarvio, a população escrava, chegou ao meio do século XVI, num excesso, em cerca de 60%, da população local. E …
Ler Mais »Memórias Breves (21)- Conhecer o Algarve no 2º Congresso Regional / Turístico / Político
1950– Gente do Sul, da cultura e da política, sobe até à Casa do Algarve, em Lisboa, um Grupo de Algarvios (15) em que se inclui uma Senhora. Lá iremos. É o tempo dos Algarvios exigirem um Algarve desenvolvido ao governo da Ditadura, algo para o marasmo em que, na província do Algarve se vivia, a nível da política e economia. E essas 15 pessoas têm a Casa Regional, em Lisboa, para a realização desse 2.º e desejado Congresso. O primeiro fora no Algarve, na Praia da Rocha, no início dum Governo republicano, em outubro de 1915. Fiquemo-nos por Lisboa, …
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