Sou feliz quando extravaso as minhas fronteiras. Sou infeliz quando se retraem as minhas fronteiras. Na generalidade dos dias, meses e anos, sou eu, nas minhas fronteiras, nem feliz nem infeliz, fazendo o que deve ser feito, segundo o meu saber e as minhas competências. Se vivo ou trabalho materializando as minhas utopias, aí não conta, porque sou feliz. Este extravasar ou retrair dos limites, acontece, por vezes, inesperadamente, em pequenos instantes de felicidade ou de infelicidade, raramente previsíveis. Por isso, vive-se a felicidade ou a infelicidade no reviver desses momentos ou na rememoração de tempos em que hipoteticamente fomos …
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Vamos andando
Ser português é ir andando (reconheço que a frase não faz sentido, mas os leitores portugueses entendem). Para nós, a felicidade parece esconder-se verticalmente na quase imperceptível sombra dos corpos ao meio-dia. Quando a agarramos, mal damos por ela. Contemplamo-la nos primeiros degraus de uma imensa escadaria cujo topo ainda demora a alcançar. Curiosamente, nos outros, cremos observá-la amiúde numa desconfiança velada de inspector tributário. Na verdade, por cá, estar, ou aparentar estar feliz, até dá azo a falatório, ou a um deliberado inquérito ao visado. – Andas (o apelo ao movimento) muito contente ultimamente (sim, porque feliz, também já …
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