História & Património

De Henrique Martins a Gabriela Martins – 3 gerações que engrandeceram Silves e o Algarve

Com o desaparecimento de Maria Gabriela Rocha de Gouveia Martins, em Junho último, cessa em Silves a presença de uma família ímpar, hoje injustamente votada ao esquecimento, que denodadamente pugnou, durante três gerações, pelo engrandecimento da cidade e do concelho. O seu avô Henrique Martins, natural de Santarém, fixou-se em Silves em 1901, constituindo aí família (casou com Aurora Glória da Silva Callapez Martins, de cujo matrimónio nasceram oito filhos) e onde veio a falecer, a 25 de Maio de 1959. A sua ação foi multifacetada, solicitador, presidente e vice-presidente da Câmara Municipal de Silves (Comissão Executiva), presidente da Associação …

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Percurso histórico em Silves- viagem no tempo até à greve dos corticeiros em 1924

Os acontecimentos que levaram à morte do operário corticeiro silvense Francisco Santos Gonçalves, de 40 anos, no final da greve de 1924, foi o tema do percurso histórico promovido pela Câmara Municipal de Silves e orientado pelo professor António Guerreiro. O passeio histórico decorreu no dia 22 de junho, uma tarde de sábado com muito calor e jogo da Seleção Portuguesa no Euro 2024. O pretexto para muitas ausências numa cidade cujo desenvolvimento e história foram fortemente marcados pela indústria corticeira e pelas pessoas que com ela se relacionaram. Ainda assim, uma dezena de pessoas juntou-se no Largo do Município, …

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Cidadãos entregam à CMS, “Petição pela Valorização do Grés de Silves”

Um grupo de cidadãos de São Bartolomeu de Messines entregou à Câmara Municipal de Silves uma “Petição pela Valorização do Grés de Silves”, na qual sugerem algumas ideias para que este património natural seja preservado, recuperado e promovido, de forma a que a freguesia se afirme no panorama turístico como a “Terra do Grés”. Na introdução da petição os signatários consideram que o “grés de Silves” foi “o passaporte” para a integração do concelho de Silves no projeto de formação do Geoparque Algarvensis, sendo que é na freguesia de Messines “nomeadamente em Vale Fuzeiros, Amorosa e no povoado sede” que …

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As ambições e constrangimentos de São Marcos da Serra há 100 anos

O jornal «Folha de Alte» dedicou a São Marcos da Serra a sua coluna «Terras do Algarve», na edição de 1 de julho de 1924. Num texto assinado por António V. Vargas, o autor traçou as aspirações e dificuldades da freguesia há precisamente 100 anos. «Conquanto seja uma região pobre, devido à deficiência da fertilidade do seu solo, tem nos seus habitantes uns incansáveis trabalhadores, esforçando-se por auferirem dele o possível, vivendo, por assim dizer, n’uma verdadeira comunidade, auxiliando-se reciprocamente», lê-se naquele jornal. A freguesia tinha, por aqueles anos e segundo os censos de 1920, cerca de 3 107 habitantes, os …

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Percurso Histórico em Silves “100 anos depois – 1924 – Crónica da Morte de um Operário Corticeiro”

No próximo dia 22 de junho às 18h30, a Praça do Município de Silves será o ponto inicial para o Percurso Histórico “Silves, Crónica da Morte de um Operário Corticeiro”, que assinala “100 anos de uma das greves mais emblemáticas e significativas da história local.” Em 1924, a cidade de Silves foi palco de uma intensa luta dos operários corticeiros. Durante 40 dias, de 1 de maio a 10 de junho, os corticeiros silvenses entraram em greve em busca de melhores condições de vida, enfrentando miséria e fome. Este percurso não apenas narra os eventos da greve, mas também a …

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À descoberta dos antepassados- Oficina de Genealogia em Silves reuniu vários curiosos

As perguntas – quem somos e de quem descendemos, suscitam um número crescente de interessados ou apenas curiosos. Conhecer as suas raízes, apenas por simples curiosidade, para aumentar o conhecimento pessoal ou quiçá na esperança de ter antepassados ilustres, são razões que levam ao estudo da genealogia. Na tarde do dia 18 de maio, a sala da Biblioteca Municipal de Silves reuniu cerca de duas dezenas de pessoas, na Oficina de Iniciação à Genealogia, orientada por Joaquim Reis e João Gomes, do Grupo Amigos de Silves. Basicamente, “a genealogia é o ramo da História que se dedica ao estudo das …

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III Passeio Histórico em Alcantarilha

A ALDEPA- Associação de Defesa do Património Cultural e Natural de Alcantarilha irá promover, no dia 25 de maio, o III Passeio Histórico, por lugares de interesse cultural e histórico de Alcantarilha. Esta iniciativa assinala também o 2º aniversário da ALDEPA. O passeio começa às 16h, junto à Igreja de Nossa Senhora do Carmo, passando depois pela Ponte D. Maria I, Poço da Várzea e outros locais de interesse. Esta evento tem o apoio da Câmara Municipal de Silves e da União de Freguesias de Alcantarilha e Pêra. A participação é livre, mas requer inscrição, até ao dia 21 de …

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O convento franciscano de Silves: aspectos da sua história

Em tempos muito recentes (há cerca de uma dezena de anos), graças à marca de vinhos “Convento do Paraíso”, produzidos na Quinta de Mata-Mouros, reavivou-se uma memória, já bastante esbatida, de uma casa conventual que os frades franciscanos tiveram em Silves, naquele espaço, abaixo da cidade, na margem esquerda do Rio Arade. A presença da Ordem de São Francisco, dita dos Frades Menores, no Algarve, deve remontar a finais do século XIII, altura em que esses religiosos mendicantes terão estabelecido conventos em Loulé e Tavira. Não se encontrou até à data qualquer documento que testemunhe a existência de um convento …

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O 1º de Maio no concelho de Silves há 50 anos!

A imprensa nacional, como os diários «O Século» e o «Diário de Notícias» (DN), foi parca em notícias sobre o impacte da revolução do 25 de Abril de 1974 em Silves, ao contrário do que aconteceu com outros concelhos do Algarve, como Faro, Lagos, Tavira ou Vila Real de Santo António. Na edição de 26 de abril do DN uma notícia oriunda de Faro, datada da véspera, dá-nos nota de um dia normal, em toda a região. Segundo a mesma, os algarvios tomaram conhecimento do movimento que eclodira na madrugada, na capital, através do Rádio Clube Português, «registando-se absoluta calma …

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A cultura da amêndoa no Algarve: notas históricas 2

A importância económica da amêndoa algarvia que já era assinalável no século XVI (ver número anterior deste mensário), ganhou novo incremento no século XVII, tornando-se num dos principais produtos de exportação, a par de figos, alfarrobas, azeite e laranjas. Para a Flandres e outros mercados tradicionais do Norte da Europa, saíam regularmente dos portos de Faro e Tavira carregamentos de amêndoas (cocas e duras) que os mercadores encomendavam em Loulé, Albufeira, Tavira (Joaquim Romero de Magalhães, O Algarve Económico 1600-1773, págs. 172, 259, 281). A produção e exportação nas zonas de Silves e Lagos está pouco documentada, sabendo-se que os …

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