O dia 1 de Janeiro trouxe o fim das portagens na Via do Infante, um acontecimento que foi marcado por um buzinão, organizado pela Comissão de Utentes da Via do Infante que ao longo dos últimos anos desenvolveu várias ações exigindo o fim das portagens.
Além da A22 (Via do Infante), passaram a ser gratuitas a A4 (Transmontana e Túnel do Marão); A 13 e A13-1 (Pinhal Interior); A23 (Beira Interior); A22 (Interior Norte); A25 (Beira Litoral e Alta); A28 (Minho), nos troços entre Esposende e Antas e entre Neive e Darque.
O fim das portagens nas antigas SCUT foi por várias vezes levado à discussão na Assembleia da República, quer pelo Bloco de Esquerda, quer pelo PCP, mas não obteve a maioria necessária à sua aprovação. Em maio de 2024, o PS apresentou uma proposta nesse sentido, que foi aprovada com os votos a favor do PS, BE, PCP, Livre, Chega e PAN. O PSD e o CDS votaram contra e a IL optou pela abstenção.
Recorde-se que as chamadas SCUT foram criadas como vias sem custo para os utilizadores, por servirem territórios de interior ou onde não existiam vias alternativas, como era o caso do Algarve, servido apenas pela EN 125, uma via com um dos maiores índices de sinistralidade do país e a necessitar de requalificação (ainda hoje) em vários troços.
No entanto, a 8 de dezembro de 2011, com o governo PSD/CDS, de Passos Coelho, foram introduzidas as portagens, com altos custos para os utilizadores e para a região.
Com o dia 1 de janeiro de 2025 terminou a luta contra as portagens no Algarve mas não terminaram as ações da Comissão de Utentes que anuncia que irá promover algumas iniciativas em 2025, nomeadamente exigindo a remoção dos pórticos, a denúncia da parceria público-privada e a manutenção do pavimento.
No dia 11 de Janeiro, em Loulé, a Comissão de Utentes irá realizar um fórum sobre estes temas.