Dinâmica Municipal

Aproxima-se mais um final de ano e com ele o tempo dos municípios elaborarem os respetivos orçamentos, que devem refletir as linhas de orientação estratégica definidas e acomodar, nomeadamente as despesas de investimento (principal componente), que responderão às necessidades de desenvolvimento do território concelhio.

Na verdade e em rigor, a qualidade da intervenção e dinâmica autárquicas mede-se, sem sombra de dúvida, pela capacidade de realização de atividades e investimento, no âmbito das suas atribuições e competências, legalmente consagradas.

O Município de Silves não foge à regra, cumprindo, a meu ver, com os pressupostos atrás realçados, prosseguindo com a dinâmica dos últimos onze anos de gestão autárquica, repetindo metas ambiciosas e níveis elevados de investimento que são visíveis um pouco por todo o concelho de Silves, a par de uma dinâmica cultural impactante e de referência.

O orçamento da câmara para 2025, o último do atual mandato autárquico, contrariamente, ao que alguns, eventualmente, possam intuir ou deduzir, prossegue com a dinâmica dos anos anteriores, sendo alheio a questões eleitoralistas. Até porque, tendo consciência do tempo necessário para a contratação e elaboração de projetos técnicos, a contratação e execução das empreitadas de obras públicas, processos que envolvem contingências externas não controláveis (concursos desertos, incumprimento dos prazos de execução), qualquer autarquia que, de forma calculista, deixe os seus principais objetivos e investimentos para o último ano, arrisca-se a grande derrapagem e desgosto. Doutro modo, fazê-lo, também significaria desconsiderar a população, ludibriá-la, descredibilizar a política e prestar um mau serviço público. Ademais atravessamos dias difíceis para a execução das obras públicas. O tecido empresarial no setor da construção civil não reúne capacidade de resposta suficiente face à oferta de obra pública, em Silves e no país.  Afigura-se problemático o aproveitamento dos avultados fundos comunitários colocados à disposição do país (Portugal 2030, PRR).

Acresce ainda que os mandatos autárquicos são avaliados ao longo dos quatro anos, e não apenas, por aquilo que se faz no último ano.

Decorridos 50 anos após a revolução do 25 de Abril de 1974 é tempo mais que suficiente para que ninguém se deixe enganar nesta matéria, embora, não seja despiciendo, a influência negativa de fenómenos como o populismo, a demagogia, os comportamentos camaleónicos, a desinformação, a ignorância e os disparates, especialmente os veiculados através das chamadas redes sociais.

A liderança autárquica de maioria CDU, exercida no Município de Silves, desde 2014, evidencia traços peculiares na condução dos destinos do concelho, que são percetíveis, sendo incomum noutros quadrantes ou geografias. De facto, o trabalho de direção assenta em moldes coletivos, abraça um núcleo dirigente mais alargado, criando condições para melhor organização e maior capacidade de realização, eficácia e eficiência na gestão autárquica. Enfim, a execução orçamental e o exercício dos cargos políticos obriga a rigor, dedicação e competência no uso dos recursos que são públicos e à defesa do interesse geral, não perdendo de vista o objetivo último que é servir as populações e contribuir para o desenvolvimento integrado do concelho.

 

 

 

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