A ministra do Ambiente e Energia esteve presente na reunião da Subcomissão Regional da Zona Sul da Comissão de Gestão de Albufeiras, que se realizou em Faro, na passada sexta-feira, dia 20 de setembro, fazendo no encerramento um ponto de situação referente à situação hídrica no Algarve.
Segundo o comunicado divulgado no final, a situação neste momento “é mais favorável que no mesmo período de 2023, registando-se um volume adicional de 16hm3 nas principais albufeiras da região, face ao período homólogo”.
De acordo com a ministra, o sector agrícola “reduziu os consumos em 35% face ao ano passado, superando a meta de 13% que tinha sido fixada na Resolução do Conselho de Ministros” enquanto o sector turístico aderente à iniciativa Save Water, “contabilizou uma poupança de 14%, também acima da meta de 13%”. Um resultado semelhante aconteceu nos campos de golfe “que conseguiram poupar 22% face aos consumos do ano passado”.
Quanto ao setor urbano, a ministra adiantou que ocorreu uma redução de 9,6% no consumo de água entre janeiro e agosto. Um valor que se aproxima da meta definida para 2024 (10%).
Maria da Graça Carvalho apelou a um esforço adicional por parte dos municípios e das entidades gestoras para que esta meta seja atingida, especialmente em relação às autarquias (sete) cujo desempenho, até ao momento, está aquém do desejável.
Não tendo sido divulgados quais os municípios que não cumpriram (uma lista da qual o Município de Silves está excluído pois tem ultrapassado a meta de poupança definida pelo Governo, de acordo com os dados divulgados), a ministra admitiu a situação, afirmando que “no final do ano será feita uma avaliação global e, se os objetivos de poupança não forem atingidos, o Governo poderá ter a necessidade de avançar com o reforço de medidas, em relação às que foram adotadas em maio”:
Maria da Graça Carvalho admitiu ainda que, face ao desempenho registado, serão estudadas formas de alargar a abrangência do selo “Save Water” a mais empreendimentos turísticos.
Finalmente, a governante destacou a importância de se concretizarem os projetos para esta zona do País: “Estamos a investir 360 milhões de euros em projetos que vão reforçar a resiliência hídrica do Algarve, e é urgente acelerar as obras em curso ou já anunciadas, nomeadamente as destinadas a combater as perdas nos setores urbano e agrícola, a tomada de água do Pomarão e a dessalinizadora de Albufeira”.
A Ministra do Ambiente e Energia defendeu ainda que, apenas com a colaboração de todos os setores, será possível alcançar a desejada sustentabilidade dos recursos hídricos na região do Algarve.