No segundo dia deste mês, véspera do quarto minguante, comemorou-se o vigésimo aniversário do lançamento da missão Rosetta (da Agência Espacial Europeia), a partir da base espacial de Kourou (na Guiana Francesa). O objetivo da Rosetta era o de estudar cometa Churyumov–Gerasimenko. Esta missão também ficou também conhecida pelo pouso da sonda Philae na superfície deste cometa a doze de novembro de 2014.
Ao final da madrugada de dia oito, Lua irá nascer junto ao planeta Marte. Um dia depois, a Lua situar-se-á entre Vénus (à sua direita) e Saturno, planetas que por estes dias iremos observar ao amanhecer com alguma dificuldade, por encontrarem-se numa direção muito próxima da do Sol. Ao invés de Saturno, o planeta Vénus irá aproximar-se cada vez mais da direção do Sol, de forma que os dois planetas irão cruzar-se no céu na noite de dia 21, altura em que Vénus passará a ser visto à esquerda de Saturno.
No dia dez nosso satélite natural estará na direção do Sol, dando lugar à Lua Nova. Esta efeméride irá coincidir com a chegada da Lua ao seu perigeu: ponto da sua orbita mais próximo da Terra.
Na noite de dia treze iremos assistir ao pôr da Lua junto a Júpiter, planeta que nestes dias se situa na constelação do Carneiro. Por sua vez, o quarto crescente irá ocorrer no dia dezassete, coincidindo com a conjunção de Neptuno com o Sol, i.e., estando então estes dois astros na mesma direção.
À medida que o nosso planeta se vai movendo ao redor do Sol, este parece que se vai deslocando leste ao longo de uma linha (a eclíptica) que corresponde à projeção do plano da orbita da Terra na esfera celeste. Pelas três horas e sete minutos de dia vinte o Sol atravessará equador celeste (a projeção do equador terrestre no céu), passando a luminar mais o hemisfério norte terrestre, dando aí lugar à primavera.
Dia 24 dar-se-á a maior elongação (afastamento relativamente à posição do Sol) para leste de Mercúrio. Desta forma teremos um pouco mais de tempo para observar este astro ao anoitecer.
Na madrugada de dia 25 terá lugar a Lua Cheia junto à constelação da Virgem. Esta efeméride terá lugar tão perto do plano da órbita terrestre, que a Lua chegará a atravessar uma parte do espaço donde a Terra apenas consegue tapar parcialmente o Sol (a chamada zona de penumbra), dando assim origem a um eclipse lunar penumbral. Em Lisboa este evento deverá começar pelas quatro horas e cinquenta e três minutos (hora local), estendendo-se até depois de a Lua estar abaixo do horizonte.
Entre as noites de dia dezanove e dia trinta veremos como a Lua se terá deslocado da vizinhança de Espiga (uma estrela binária, cujas componentes rodam entre si a cada quatro dias) pertencente à constelação da Virgem, até junto de Antares, uma estrela gigante vermelha situada no coração da constelação do Escorpião.
O último domingo do mês terá lugar no dia trinta e um, altura em que no nosso país tem início a hora do verão. Por este motivo, às zero horas (hora continental) deste dia devemos avançar os nossos relógios uma hora. De notar também que, como este domingo calha após a primeira Lua Cheia da primavera, no mesmo dia iremos celebrar a Páscoa.
Boas observações!