O ministro da Saúde, Manuel Pizarro garantiu que a construção do Centro Oncológico do Algarve vai ser uma realidade.
O ministro abordou este assunto ontem, dia 18 de outubro, no decorrer de uma visita que fez ao Algarve, passando por Olhão e São Brás de Alportel, respondendo assim ao comunicado que o PSD Algarve divulgou no início da semana alertando para a possibilidade de estar em risco a construção do Centro Oncológico do Algarve.
Segundo esse comunicado, “Não obstante, em março do corrente ano, o compromisso público do primeiro-ministro, António Costa, de avanço do projeto – interrogamo-nos sobre o que a sua palavra vale em tantos domínios da vida do Algarve e do país, o facto é que o mesmo foi objeto de parecer desfavorável por duas entidades sob tutela direta do Ministério da Saúde: por parte da ARS Algarve, numa primeira instância, e, numa segunda, parecer igualmente negativo por parte da Comissão liderada por Francisco Ramos, a qual coordena os estudos tendentes ao eventual lançamento do novo hospital central do Algarve.”
Segundo Cristóvão Norte, presidente do PSD Algarve: “Por absurdo, o Governo estabelece que um projeto é para realizar e são as mesmas entidades que tutela que impedem que o processo avance! Enquanto isso, despendem-se cinco milhões por ano para enviar doentes oncológicos para Espanha. Contado, ninguém acredita.”
“Por absurdo”, assinala o PSD Algarve, “o projeto já tem comparticipação comunitária garantida de 60% do seu valor total, o qual ascenderia a 14 milhões de euros. Por absurdo, já tem data prevista para entrar em funcionamento, em finais de 2024. Por absurdo, o projeto já tem concurso público lançado pelo Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), designadamente de especialidades.”
Para o ministro da Saúde, a resposta encontra-se no Orçamento de Estado para 2024, que assume que no próximo ano “vai ser lançado o concurso para a obra do Centro Oncológico e para a obra do novo Hospital Central do Algarve” e que estas duas novas unidades vão estar interligadas e a trabalhar em conjunto.
O futuro Centro Oncológico do Algarve irá ser construído no Parque das Cidades Faro / Loulé e deverá ter capacidade para atender até três mil doentes, do Algarve e do Alentejo, muitos dos quais são enviados para Lisboa e Sevilha para tratamentos e exames, percorrendo centenas de quilómetros.
Esta nova unidade irá reunir num único espaço todo o equipamento e profissionais necessários ao diagnóstico, exames, tratamento e investigação na área da oncologia. Prevê-se que seja necessário um investimento total de 14 milhões de euros, sendo 40% financiados pelo CHUA (Centro Hospitalar Universitário do Algarve) e 60% pelo Programa Regional Algarve 2030.