Jerónimo de Sousa em almoço comemorativo, em Messines

Jerónimo de Sousa marcará presença no Almoço Comemorativo do 102º aniversário do PCP, que se realiza em São Bartolomeu de Messines, no dia 1 de abril.

O almoço irá decorrer, a partir das 13 horas, no salão dos Bombeiros Voluntários de SB Messines.

O convidado de destaque é Jerónimo de Sousa, antigo secretário-geral do PCP, atual membro do Comité Central.

«Foi a 6 de Março de 1921, na sede da Associação dos Empregados de Escritório, em Lisboa, que se realizou a Assembleia que elege a direcção do PCP. Estava fundado o Partido Comunista Português. Nele confluem décadas de sofrimento e luta da classe operária portuguesa, as lições das grandes vitórias da classe operária internacional, os ensinamentos de Marx, Engels e Lénine. Com a fundação do PCP a classe operária portuguesa encontra a sua firme e segura vanguarda.

Logo após a sua constituição, a «Junta Nacional» do PCP (designação então dada ao seu organismo dirigente) realiza uma série de reuniões.

O Partido estabelece a sua sede na Rua do Arco Marquês do Alegrete, n.° 3, 2.° Dt.°. E aberta uma inscrição para o recrutamento de novos membros, atingindo-se em breve o milhar de filiados. Num Manifesto em que faz a sua apresentação pública, o Partido Comunista Português publica os 21 pontos da Internacional Comunista, que constituem a sua base política, afirmando assim também a sua adesão ao Movimento Comunista Internacional. Pouco depois forma-se também a Juventude Comunista.

Em fins de 1921, numa reunião conjunta do Partido e da Juventude, assenta-se no início da edição dos primeiros órgãos comunistas em Portugal. Ainda em 1921, inicia-se a publicação de O Comunista, órgão do Partido, e de O Jovem Comunista, órgão da Juventude.

Uma das mais importantes frentes de acção dos comunistas neste período é a sua luta dentro das organizações sindicais para dar uma justa orientação à luta dos trabalhadores e para a adesão do movimento sindical português à Internacional Sindical Vermelha.

A questão da filiação na ISV é discutida no Congresso Nacional Operário, em Setembro de 1922, na Covilhã. As propostas dos partidários da ISV são derrotadas, mas, apesar disso, as suas posições no movimento sindical continuam a ser muito fortes. Sob a condução dos comunistas, organizam-se Núcleos Sindicalistas revolucionários, que obtêm a adesão de muitos sindicatos.

Com a criação e acção do PCP acelera-se a necessária clarificação das tendências do movimento operário. É dado um importante impulso à consciencialização e desenvolvimento político das massas trabalhadoras. Mas as dificuldades desta luta são grandes. O nível de preparação política, teórica e prática dos militantes é ainda baixo. Falta ainda ao Partido uma formação marxista-leninista e uma direcção de militantes politicamente experientes.»

Extraído do livro “60 anos de luta”

 

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