Via Algarviana com mais um percurso até Silves e aplicação móvel com os percursos

A Via Algarviana irá ganhar, ao longo do ano de 2023, com quatro novos trilhos que ligam locais de fácil acesso ao traçado principal da rota. Entre estes conta-se o percurso da Estação de comboios de Parchal a Silves (15,8 quilómetros).

Estão ainda previstas as seguintes ligações: Vaqueiros ‒ Martim Longo (18,7 quilómetros); Monchique ‒ Alferce (11,7 quilómetros); e Alferce ‒ Monchique (11,5 quilómetros).

Criada em 2009, a Via Algarvia é uma Grande Rota Pedestre (GR13) que atravessa a região, da fronteira do Guadiana até ao Atlântico. Os cerca de 300 quilómetros do itinerário, que na sua maioria, percorrem a Serra Algarvia, atravessam nove concelhos do Algarve. Os trajetos, que podem ser percorridos a pé ou de bicicleta, são feitos por etapas.

No que respeita ao concelho de Silves existe a etapa do Setor 9- de São Bartolomeu de Messines a Silves, num trajeto de 29 quilómetros, que começa junto à Igreja Matriz, em Messines e prossegue até ao centro histórico de Silves. É um trilho exigente que depois de atravessar  a linha de caminho de ferro, no Bairro do Furadouro, segue por zonas rurais e floresta de sobreiral. Passa por Barradas e depois atravessa a EN 1079, aproximando-se da serra. Com a Ribeira do Arade à vista, a Via Algarviana toma um caminho de enorme beleza, sempre ao longo deste curso de água, um dos maiores do Algarve. Ao longo do trilho, vai poder desfrutar das belas paisagens do vale fluvial e dos seus afluentes, aninhados na serra. Depois de passar sobre o paredão da barragem do Funcho, continua ao longo da Ribeira do Arade, infletindo para o interior da serra, até ao Enxerim e prossegue até à estrada nacional em direção à cidade de Silves.

O percurso termina na zona histórica, junto à Sé Catedral e ao inconfundível Castelo, de cor vermelho ocre devido à utilização do grés de Silves.

Nova aplicação

O novo guia da GR13 – Via Algarviana reúne a informação detalhada sobre cada um dos 14 setores que compõem os cerca de 300 km de extensão desta grande rota, de Alcoutim até ao Cabo de S. Vicente. Inclui ainda informação sobre as nove ligações ao eixo principal da GR13. No guia o caminhante encontra o mapa do itinerário, a ficha técnica, descrição e pontos de interesse. Toda a informação foi revista e melhorada com base nas versões anteriores do guia e dando voz às sugestões dos muitos caminhantes e praticantes de BTT de todo o mundo que têm percorrido o interior do Algarve.

A procura internacional, cada vez maior, justifica a reedição do guia em cinco idiomas – português, inglês, francês, alemão e holandês, os mesmos em que o site da GR13 já existe. São cada vez mais os amantes do turismo de natureza que procuram a Via Algarviana como alternativa ao turismo massificado do litoral, descobrindo aqui um outro Algarve.

O guia é distribuído num formato original: em vez de um volume único, é composto por um conjunto de folhetos, correspondentes aos vários setores. Desta forma, em cada dia o caminhante ou praticante de BTT pode levar na mão apenas a informação necessária, deixando o restante peso na mochila. O conjunto dos vários folhetos é guardado num saco de algodão, mais fácil de arrumar na bagagem do que um livro convencional.

O guia já estava disponível para download, em formato digital, no site da Via Algarviana. Pode agora ser pedido através de um formulário online. A versão em papel é também gratuita, pagando-se apenas os portes de envio.

A 16 de janeiro foi lançada oficialmente nas app stores (Apple e Google) a aplicação da Via Algarviana. O principal destaque vai para a possibilidade de seguir os percursos usando os mapas da própria aplicação, mesmo em locais onde não há rede de internet. Além desta funcionalidade, a app tem toda a informação detalhada sobre cada setor da GR13, bem como sobre as ligações e os percursos de pequena rota complementares à Via Algarviana. Outras funcionalidades incluem a possibilidade de descarregar os ficheiros com os tracks e de reportar uma anomalia no percurso, permitindo que todos contribuam para identificar e resolver de forma mais rápida qualquer problema.

É também possível descobrir cinco novos percursos pedestres na serra de Monchique: três pequenas rotas e duas ligações à GR13 –Via Algarviana, que reforçam a rede já existente. Todos estes percursos estão sinalizados no terreno, permitindo explorar as paisagens da serra e o seu património natural, histórico e cultural de forma autónoma e em segurança. Os traçados levam os caminhantes a descobrir uma paisagem única e surpreendente do Algarve, das vistas amplas dos cumes montanhosos até aos vales verdes por onde correm as ribeiras.

Toda a informação sobre estes novos percursos está já disponível no site e na aplicação. É possível fazer download dos folhetos e dos tracks de cada um deles: PR7 MCQ – Percurso das Hortas (8,2 km); PR8 MCQ – Pelos Caminhos de Alferce (7,8 km); PR9 MCQ – Entre o Vale e o Castelo (7,2 km); Ligação 10 – Via Algarviana (Monchique) a Alferce (11,7 km); Ligação 11 – Alferce à Via Algarviana (Monchique) (11,5 km).

Destaque ainda para a edição do Guia das Rotas Temáticas, disponível em português e inglês. Este guia reúne a informação essencial e os mapas para explorar o Algarve através de quatro temas que são incursões no património natural e cultural da região: Contrabandista (Alcoutim), Água (Loulé), Árvores Monumentais e Geologia (ambas em Monchique). O guia está disponível em formato digital, para download, e também em papel.

Financiamento e parceiros

A reedição do guia e o lançamento da aplicação fazem parte da estratégia de renovação e alargamento dos materiais de promoção da Via Algarviana, desenvolvida no âmbito da candidatura “Via Algarviana – (Des)envolvendo o Interior do Algarve”, com o financiamento do Turismo de Portugal, incluída na Linha de Apoio à Valorização Turística do Interior, e com o apoio dos 13 municípios parceiros que agregam o Território Via Algarviana.

Os cinco novos percursos do concelho de Monchique foram implementados no âmbito da candidatura “Revitalizar Monchique – o Turismo como Catalisador”, que tem como objetivo ajudar à recuperação do território de Monchique após os incêndios que afetaram a serra de Monchique em 2018. Resulta da parceria entre a Almargem – Associação de Defesa do Património Cultural e Ambiental do Algarve, a Região de Turismo do Algarve, a Associação Turismo do Algarve e o Município de Monchique, e é financiada pelo Turismo de Portugal.

 

 

 

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