Pais de Silves preocupados com encerramento de escolas

Um grupo de pais de alunos do Agrupamento de Escolas de Silves tem vindo a manifestar-se publicamente, dando conta da sua preocupação pelo encerramento de escolas deste agrupamento, devido à greve dos professores, principalmente da Escola Secundária de Silves.

Na semana passada, um grupo de pais manifestou-se, protestando pelo facto dos seus filhos não terem aulas há cerca de dois meses, além de estarem a viver uma situação de instabilidade pois nunca sabem quando é que poderá ou não haver aulas. O que leva à deslocação diária dos alunos, para depois serem confrontados com a inexistência de aulas.

Num dos testemunhos que chegou ao nosso jornal, um pai de um aluno que frequenta o 11º ano, conta que o seu filho, no mês de janeiro, só teve aulas parciais nos dias 3 e 16 desse mês e “todos os dias a turma dele vai à escola, batem com o nariz no portão e voltam para casa”.

A situação tem-se repetido no mês de janeiro, havendo muitos alunos que não têm aulas desde o dia 3 de janeiro, ou têm tido apenas algumas.

“Na sexta-feira (dia 27) houve algumas aulas, talvez por causa do protesto dos pais. Mas ontem (dia 30) e hoje (dia 31) a turma do meu filho voltou para casa às 9h da manhã, nem uma aula teve”, conta o nosso leitor.

Para este pai, os alunos deste Agrupamento estão a ser prejudicados duplamente, não só pela greve que se prolonga há dois meses, mas também porque outros agrupamentos, como em Portimão, os professores decidiram voltar a dar aulas apenas para não prejudicarem os alunos, mantendo as exigências e os protestos. Assim, a situação não é igual em todo o país, havendo alunos com aulas e outros sem aulas.

O facto dos alunos da Escola Secundária, no 11º e 12º anos, terem, no final do ano, exames nacionais é uma questão que preocupa os pais e encarregados de educação, como sublinharam no protesto realizado na semana passada.

No seu protesto, os pais evitaram pronunciar-se sobre as motivações dos professores, e focaram a sua atenção nas questões relacionadas com os alunos, seus filhos, dizendo que essa é a sua preocupação.

Agora, aguardam a clarificação da situação que se irá viver a partir de amanhã, dia 1 de fevereiro, com a existência de serviços mínimos decretada pelo Governo. Mas continuam a querer saber como é que os alunos que estiveram tanto tempo sem aulas irão recuperar a matéria e o tempo perdido.

 

Nota: Foi feita a correção do mês indicado na notícia, já que por lapso se referiu a dezembro, quando se falava de janeiro. A correção está assinalada a negrito.

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