Os encerramentos que se têm verificado nas urgências de Ginecologia e Obstetrícia, bem como nas urgências de Pediatria, nos hospitais de Faro e de Portimão, revelam “não só a ausência de medidas que garantam a atração e fixação de médicos e de outros profissionais de saúde no SNS – como o PCP tem proposto designadamente durante a discussão da proposta de Orçamento do Estado para 2022 – mas também, uma política que de forma indireta contribui para alimentar o negócio dos grupos económicos privados que lucram com a falta de resposta do SNS.”
Em comunicado, o PCP Algarve afirma que “ao contrário do que diz o Ministério da Saúde, o recurso em situações de urgência pediátrica apenas em Portimão, ou de urgência de ginecologia e obstetrícia apenas em Faro, não são solução. As crianças e os pais algarvios precisam de ter a segurança de que, em qualquer eventualidade, as portas da urgência não se encontram encerradas, nem a saúde e a vida são postos em causa.”
O PCP relembra que, “infelizmente, a falta de profissionais de saúde em todo o Algarve – desde os cuidados primários, passando pelos hospitais, aos cuidados continuados – é uma realidade que, pese embora as muitas promessas, não tem tido resposta. Ausência que é inseparável das opções de PS, PSD, CDS, Chega e IL de favorecimento dos grupos privados de saúde.
O PCP exige que se tomem medidas urgentes com vista a garantir a atração e fixação de médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde, investindo nas suas carreiras e remunerações e combatendo o assalto que os Hospitais e Clínicas privadas estão a fazer aos profissionais do SNS. Medidas urgentes que só não estão implementadas porque o Governo PS assim o tem recusado.”