Cidade de Faro não foi selecionada para Capital Europeia da Cultura 2027

Faro não foi uma das cidades selecionadas pelo júri da União Europeia para a segunda fase da competição.  As cidades de Aveiro, Braga, Évora e Ponta Delgada seguiram para a fase seguinte.

Foi com “tristeza” que o Município de Faro e os responsáveis pela candidatura anunciaram hoje, dia 11 de março, esta decisão do júri.

“Demos o nosso melhor e agradecemos às milhares de pessoas que connosco construíram esta candidatura. Sempre afirmámos que o mais importante não era ganhar o título, mas sim o processo. O processo de candidatura foi essencial para olharmos para o concelho e para região de uma forma muito participada. Sabemos que construímos uma candidatura pertinente e de qualidade. O resultado obtido não significa que vamos parar. O caminho está iniciado, há que continuar a trabalhar”: afirmou Rogério Bacalhau, presidente da Câmara Municipal de Faro, que esteve presente na conferência de imprensa onde o júri Europeu anunciou os finalistas.

 

“Embora o desfecho não tenha sido o desejado pelo Município de Faro e pelas entidades co-produtoras da candidatura, as temáticas tratadas em sede de candidatura continuam a merecer a atenção das entidades públicas locais e regionais. Relembramos que o processo de candidatura Faro2027 envolveu a participação direta de mais de 3000 pessoas de toda a região do Algarve. Artistas, crianças, jovens, empresários, autarcas, desempregados, reformados, especialistas internacionais, catedráticos, residentes estrangeiros e turistas,  foram consultados e apresentaram ideias para a região.

Com base nas ideias recolhidas, o Dossier de Candidatura apresentou diversas temáticas como a água, a multiculturalidade, as alterações climáticas e a massificação turística. O Dossier de Candidatura apresentou ainda propostas para o estabelecimento de melhores ligações com a Europa no domínio da cultura e da sustentabilidade.

Importa sublinhar o envolvimento e cooperação regional ao longo de todo este processo, reconhecendo o papel da Universidade do Algarve, da Região de Turismo do Algarve, da CCDR Algarve, da Direção Regional de Cultura do Algarve, do IPDJ Algarve, e em especial de todos os Municípios do Algarve e de muitas organizações e agentes culturais e sociais da região que deste a primeira hora apoiaram este projeto.”

Não podemos ignorar todo o trabalho desenvolvido, a energia gerada, ou as questões apontadas pelas pessoas que participaram no processo. Existem projetos que já estão em curso e que pretendemos continuar a dar seguimento como a reabilitação da Fábrica da Cerveja, o Quilómetro Cultural ou a Embaixada Gastronómica. Faro assumiu igualmente compromissos no âmbito do projeto das açoteias criativas. Somos líderes do European Creative Rooftop Network (ECRN) que junta 9 cidades, num projeto financiado pelo programa Europa Criativa no valor de 4M€ a 4 anos. A Convenção de Faro e as iniciativas planeadas no âmbito da mesma como as Conferências Internacionais anunciadas ou o projeto MI.MOMO.FARO vão continuar a ser desenvolvidos assim com outros projectos que atempadamente anunciaremos, com todo o nosso empenho”, afirma Rogério Bacalhau.

 

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Um Comentário

  1. Compreende-se a decepção dos que arduamente prepararam a candidatura de Faro com inúmeras vertentes.
    Lamentavelmente não se faz nenhuma referência na candidatura à praga de pinchagens/graffiti que maculam o Algarve de lés a lés quer no património privado ( fachadas comerciais e residenciais, etc) quer público (património, mobiliário urbano, placas de sinalização etc) com grandes perdas para os proprietários e entidades públicas.
    Seria no meu modesto entender pouco pertinente aceitar-se uma candidatura de uma cidade a Capital europeia da Cultura com zonas envolventes dignas de um país sem regra nem roque!
    Já sugeri várias vezes que a AMAL faça um protocolo com a Universidade do Algarve para se realizar um “case study” cujo objectivo seria compreender este fenómeno dos graffiti horrendos para tentar limitar ou reduzir tanto quanto possível esta praga que DESFIGURA esta bela Região perdendo competitividade com outras zonas turísticas concorrentes.

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