A Associação Vita-Nativa (Conservação do Ambiente) divulgou o balanço da ocupação das caixas-ninho, que esta associação instalou em todo o Algarve, numa altura em que terminou a primeira época de reprodução.
Segundo a Vita-nativa, “das quase 600 caixas instaladas entre outubro de 2020 e fevereiro de 2021, período considerado para a análise, cerca de 40% foram ocupadas por uma ou mais espécie de aves.
De Alcoutim até Vila do Bispo, juntando um total de 68 parceiros de 15 municípios, as caixas-ninhos foram ocupadas por 12 espécies diferentes: chapim-real, chapim-azul, chapim-de-poupa, pardal-doméstico, estorninho-preto, trepadeira-azul, torcicolo, melro-azul, mocho-galego, peneireiro-vulgar, coruja-das-torres e coruja-do mato”.
Ao longo das visitas realizadas durante a primavera e o verão, foram encontradas 277 crias nas caixas, tendo sido quase todas anilhadas. “Mas os números não ficam por aqui, porque o mais incrível é que se somarmos estas crias às que nasceram em caixas-ninho com sinais de criação (visitada após as crias terem saído do ninho), estimamos que possam ter nascido um total de 950 crias, das mais variadas espécies”, acrescenta a Associação.
“Tendo em consideração que as caixas-ninho apenas foram instaladas alguns meses antes da época de reprodução, num verdadeiro contra-relógio por parte dos técnicos da Vita Nativa, a taxa que obtivemos para este primeiro ano é muito boa e, mais importante, deixa-nos confiantes de que poderá subir já para o próximo ano. Este aumento será expectável que aconteça, sobretudo, nas espécies mais longevas, como o peneireiro-vulgar, o mocho-galego e a coruja-das-torres.”
No final, a Vita-Nativa expressa a convicção de que “o incrível número de crias nascidas com o “selo” do projeto, dá-nos ainda mais certezas de que estamos no bom caminho para tornar as áreas urbanas do Algarve mais biodiversas”.