Festival Geoparques arrancou em Silves e continua até setembro

Um espetáculo de rua, com a participação do artista Bamby e do DJ China, na Zona Ribeirinha de Silves marcou o arranque, a 29 de maio, do Geopalcos Arte. Ciência. Natureza, um programa de intervenção cultural no território aspirante Geoparque Algarvensis Loulé-Silves-Albufeira.

Este é um projeto que visa “criar eventos inovadores nesses concelhos, marcando o cruzamento de várias disciplinas artísticas, mas também a comunicação entre os agentes culturais, as gentes locais e a população que habitualmente visita o Algarve durante o verão”. As intervenções culturais passam por performances in loco, instalações interativas, percursos-experiências, exposições, cruzamentos disciplinares com artes manuais, criações teatrais, concertos, oficinas e formações, entre outras ofertas culturais e artísticas produzidas por artistas locais para motivar amantes da natureza, aficionados das artes e público em geral.

Os eventos, que decorrerão até 12 de setembro em 10 geossitios, incluem, entre outros, alguns locais inusitados, tais como a Mina de Sal-Gema e a Rocha da Pena (Loulé), a antiga escola primária de Monte Boi ( São Bartolomeu de Messines) ou uma pedreira de grés em Vale Fuzeiros (São Bartolomeu de Messines) e o Castelo e a ponte de Paderne (Albufeira).

No próximo evento no concelho de Silves, a 10 de junho, às 21h30, no Largo Conselheiro Magalhães Barros, em Silves, Silves é apresentada “A Terra onde se nasce”, com Pedro Pinto (Reflect), João Mestre e Laura Abel. Através da poesia, música e dança, envolvem-se numa atmosfera multidisciplinar, tendo como base paisagens cuja história se prolonga para lá do horizonte. Partindo da obra de João de Deus, o evento propõe-se explorar camadas artísticas através de uma criação inédita e original.
Ainda em Silves, mas a 12 de junho, às 19h, na antiga escola primária de Monte Boi, em São Bartolomeu de Messines, Helena Madeira junta a sua harpa a Fly Pontes, especialista em arte mural, para criar “Diálogo”, uma proposta de intervenção artística que tem por objetivo imprimir ao espetáculo um diálogo pictórico universal, de onde ecoam os sons intemporais de personagens do território. Neste evento o público será convidado a assistir à pintura de um mural relacionado com o GeoParque, nomeadamente com o Metoposaurus algarvensis, embalados pelo universo musical etéreo da harpa e do canto.
E a fechar o mês de junho, no dia 26, às 21h, na pedreira de grés de Vale Fuzeiros, em São Bartolomeu de Messines, o Geopalcos propõe “Fado & Blues – o casamento na pedreira”, concerto que junta dois guitarristas de estilos bem diferentes, Vítor Bacalhau e Ricardo Martins. Ambos os estilos evocam, à sua maneira, o lamento da alma, com raízes profundas no povo, e essa mistura inusitada criará uma experiência, aparentemente, impossível.
O Geopalcos Arte.Ciência.Natureza prolonga-se até 12 de setembro e é um evento bianual que liga a arte, ciência e natureza com e para as pessoas, pensado a partir da colaboração e participação das populações e dinamizado pelo aspirante Geoparque Algarvensis Loulé-Silves-Albufeira, através dos municípios.

O projeto surgiu de uma candidatura intermunicipal, liderada pela AMAL, juntando os 16 municípios algarvios e a Direção Regional de Cultura do Algarve, que resultou no “Bezaranha – Programação Cultural em Rede”, programa que assegura parcialmente o financiamento do Geopalcos, recorrendo ao Programa Operacional Regional do Algarve (CRESC2020).

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