Projeto Sentinelas: livro revela estratégias de combate ao furtivismo no país

O livro (e-book) “Estratégias de Combate ao Uso Ilegal de Venenos em Portugal”, editado pela organização não governamental de ambiente Palombar – Conservação da Natureza e do Património Rural, no âmbito do projeto Sentinelas – Rede de Monitorização de Ameaças para a Fauna Silvestre, acaba de ser lançado publicamente e revela as estratégias atuais de combate ao furtivismo no país, com foco na luta contra o uso ilegal de venenos, abordando também todos os procedimentos que constam do Novo Protocolo do Programa Antídoto Portugal.

O livro está disponível gratuitamente no site da Palombar (www.palombar.pt) e do projeto Sentinelas (www.sentinelas.pt).

Em setembro de 2020, o Fundo Ambiental – Ministério do Ambiente e da Ação Climática aprovou o projeto “Avaliação da Vulnerabilidade da Fauna Silvestre ao Uso Ilegal de Venenos e Reforço da Rede de Sentinelas contra o Furtivismo” da Palombar, desenvolvido em parceria com a Universidade de Oviedo (Espanha), o qual veio reforçar e integrar o projeto Sentinelas. Este reforço permitirá criar uma rede abrangente e robusta para a deteção de ameaças contra espécies de fauna silvestres relacionadas com o furtivismo em Portugal, englobando ferramentas e métodos interdisciplinares para monitorização e avaliação de riscos neste âmbito. Desta forma, o projeto Sentinelas passou a denominar-se, em setembro de 2020, Sentinelas – Rede de Monitorização de Ameaças para a Fauna Silvestre.
A obra, que apresenta vários dados estatísticos e informação relevante sobre a luta contra o furtivismo em Portugal e também no norte de Espanha, debruça-se sobre as ações implementadas no contexto dos projetos LIFE Imperial e LIFE Rupis no combate a esta ameaça, o funcionamento do Sistema de Monitorização de Lobos Mortos (SMLM), a importância do exame pós-morte em casos de envenenamento, os procedimentos do Novo Protocolo do Programa Antídoto Portugal, a atuação dos binómios de deteção de veneno da GNR, o projeto Sentinelas – Rede de Monitorização de Ameaças para a Fauna Silvestre e a rede contra o furtivismo implementada no norte de Espanha.
Com prefácio da Procuradora da República Elisabete Matos, e coordenação e autoria de João Santos, coordenador geral e científico do projeto Sentinelas, Inês Barroso, coordenadora do Programa Antídoto Portugal/Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), José Pereira, presidente da Palombar e coordenador técnico do projeto Sentinelas e Patricia Mateo Tomás, investigadora da Universidade de Oviedo, em Espanha, o livro conta com a coautoria e colaboração de Liliana Barosa, da Liga para a Protecção da Natureza (LPN), Julieta Costa, da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), Virgínia Pimenta, do ICNF, Isabel Pires e Justina Prada, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD)/Laboratório de Histologia e Anatomia Patológica da UTAD e 1.º Sargento Pedro Figueiras, do Grupo de Intervenção Cinotécnico da Guarda Nacional Republicana.
“Identifica-se, nestas páginas, a circunstância, aparentemente universal, de as sociedades disporem hoje de edifícios jurídicos completos, mas de não lograrem um nível satisfatório de aplicação da legislação relativa à defesa do Ambiente e, em particular, à defesa da Natureza e Biodiversidade. Dedicada a publicação ao tema do uso de venenos contra a fauna selvagem, ressalta, também, da sua leitura, a dificuldade de deteção do ilícito, desde logo porque os animais envenenados pelo homem se refugiam para morrer, talvez junto à água, mas longe das pessoas. A publicação mais nos sugere que, entre nós, os níveis de esclarecimento do crime contra a fauna selvagem rondam a nulidade, nos casos que, ainda assim, pese as cifras negras, têm sido detetados. É um estado de coisas que estará nas nossas mãos ultrapassar”, destaca a Procuradora da República, Elisabete Matos no prefácio do livro.
Fonte: ICNF

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