Os alunos da Escola Básica n.º 2 de Silves, Enxerim receberam a distinção Mérito de Publicação atribuída pela APEFP – Associação Portuguesa de Ética e Filosofia Prática, no âmbito do Concurso Nacional de Contos de Filosofia para Crianças.
Na sequência dessa distinção, o conto “O Monstro das Cores”, redigido pelos alunos da turma A – E do 3º ano de escolaridade acompanhados pela professora Maria Cristina Cabrita, foi incluído no livro “Contos de Filosofia para Crianças e Jovens” , composto pelos textos premiados.
Este Concurso destina-se aos alunos do 1º, 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico das escolas e agrupamentos do ensino público e privado de Portugal. Caracteriza-se pela redação, por parte de um grupo/turma, de um conto filosófico. As escolas/agrupamentos podiam apresentar a concurso, no máximo, 3 contos por ciclo, realizados pela mesma turma ou turmas diferentes. Para a concretização deste projeto os alunos teriam de ser orientados por um docente com Formação em Filosofia para Crianças.
Conto 16
Mérito de Publicação
O Monstro das Cores
Autores:
Alunos da Turma 3º A – E da EB/JI de Silves nº 2 Enxerim – Silves
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE SILVES
ALUNOS: Arthur Cabrita; Afonso C. Cabrita; Afonso S. Cabrita; Afonso Soares; Alice S. Travassos; Cristiano Coelho; Simeon Apostolov; Leonor Gonçalves; Beatriz Gonçalves; Beatriz Candeias; Daniel Guerreiro; Leonor Hilário; Carolina José; Francisco Monteiro; Maria João Paiva; Matilde Pascoal; Emília Reis; Sara Ribeiro; Íris Rodrigues; Rodrigo Santos; Rúben Santos; Rúben P. dos Santos; Gabriel Silva; Ruben Vidal.
Professora que acompanhou o projecto:
Maria Cristina Cabrita
«Num belo dia, uma menina que se chamava Carolina estava a brincar no parque e, de repente, ouviu um barulho muito estranho. Aproximou-se para descobrir o que estava a acontecer. Viu um monstro fofinho e perguntou quem ele era.
– Eu sou o monstro das emoções!
Quando ele disse isso, ela perguntou-lhe:
– Tens poderes?
– Sim, tenho. – Disse o monstro.
– Quais são? – Perguntou ela.
O monstro respondeu:
– São os seguintes: amor, alegria, raiva e medo.
– Como funcionam os teus poderes? – Perguntou ela.
– São muito perigosos! – Sussurrou o monstro.
Ela respondeu:
– Como assim?
O monstro disse:
– Todas as pessoas têm emoções e eu sou o único monstro que as consegue controlar!
Carolina espantou-se:
– Então… tu tens as minhas emoções?
– Sim!
– Podes dizer-me qual é a emoção que eu tenho geralmente?
– Sim, posso!
– Então, diz já!
– Tu, geralmente, tens o amor e muitas vezes a alegria!
Um dia, o monstro apareceu muito confuso.
– Estou confuso, não sei o que sinto! Já não consigo controlar as emoções.
Se tenho medo sinto raiva, se estou triste fico vermelho e azul, se estou alegre choro, rio e fico verde. Não posso continuar a ser o monstro das emoções.
A menina quis ajudá-lo.
– As tuas emoções são como a natureza.
O azul da tristeza é da cor do mar.
O preto do medo é da cor do carvão.
O amarelo da alegria é da cor do sol.
O rosa do amor é da cor do lírio.
O vermelho da raiva é da cor do sangue.
O verde da calma é da cor da relva.
Se conheceres as cores das emoções podes compreendê-las melhor.
E, desde esse dia, ela e o monstro ficaram amigos para sempre.»