O Miradouro do Lince Ibérico e as placas informativas do primeiro troço do futuro “Caminho do Lince Ibérico”, equipamentos atingidos pelos incêndios de agosto de 2018, encontram-se tal como há um ano atrás o fogo os deixou.
A desolação que as fotos da leitora Aurora Silva documentam, mostram que em toda a zona se repete o cenário de abandono. Um abandono que já tinha começado antes do referido incêndio, particularmente no que toca ao Miradouro, e que agora é total. Inaugurado em dezembro de 2014, por representantes da empresa Águas do Algarve, ICNF e Câmara Municipal de Silves, entre outras entidades convidadas, este miradouro foi concebido para possibilitar a observação à distância dos linces que vivem no Centro Nacional de Reprodução do Lince Ibérico, dito de Silves mas que na realidade se encontra na Herdade da Santinha, na freguesia de São Bartolomeu de Messines.
“Já todos ouviram falar dos incêndios de Agosto de 2018 na Serra de Monchique e que chegaram a Silves. Todos sabem que é preciso limpar o mato para evitar novos desastres. E quando quem deve dar o exemplo não o faz? Fui até à Barragem do Funcho até ao parque de merendas e também ao miradouro observar pelo binóculo o Centro Reprodutor do Lince ibérico. Venho desolada. O incêndio passou, queimou, já fez um ano e nada foi arranjado! O parque de merendas não o encontrei, só os cotos ardidos das árvores; o miradouro (ali perto) está espalhado pelo chão como se tivessem despejado entulho no chão; as placas informativas sobre o lince ibérico estão derretidas”, escreve Aurora Silva.
“Constatem pelas fotos e partilhem para quem de direito veja e meta mãos à obra, a limpar, cortar e repor o que foi destruído”.