Os trabalhadores do empreendimento turístico Amendoeira Golf Resort decidiram, em plenário realizado no dia 1 de outubro, avançar para dois dias de greve, nos próximos dias 11 e 12 de outubro.
Segundo o Sindicato da Hotelaria do Algarve, “esta decisão prende-se com a falta de resposta da administração ao caderno reivindicativo para 2019 apresentado pelo sindicato, depois de terem dado uma semana à administração para rever a sua posição, nomeadamente em relação ao aumento dos salários, ao pagamento das dívidas aos trabalhadores e à melhoria dos direitos e das condições de trabalho.”
O Sindicato acrescenta que já solicitou uma ação inspetiva à delegação de Portimão da Autoridade para as Condições no Trabalho, “devido à recusa da administração em cumprir a contratação coletiva e pagar o que deve aos trabalhadores”.
No caderno reivindicativo apresentado pelos trabalhadores sublinha-se que o “Algarve foi diversas vezes considerado o melhor destino de Golfe europeu e do mundo por revistas da modalidade e associações internacionais de operadores especializado, tendo atingido em 2017 mais de 1.3 milhões de voltas,depois de um crescimento de 5% ao ano desde 2012″ e que “o número de campos na região tem aumentado e está previsto a abertura de novos campos”. No entanto, lembra o Sindicato, o “crescimento do sector não se tem repercutido, na mesma medida, na melhoria dos salários e condições de trabalho dos trabalhadores” e “pelo contrário, no sector do turismo continua a predominar os baixos salários, horários desregulados, trabalho precário, péssimas condições de trabalho, desrespeito pelos direitos individuais e colectivos dos trabalhadores.”
Entre outras reivindicações, os trabalhadores do Amendoeira Golf Resort pedem um aumento salarial de 8%; o pagamento de subsídios de falhas e de trabalho noturno e a melhoria de condições de trabalho que passam pela construção de balneários e o fornecimento de fardas adequadas ao serviço e época do ano.
Em comunicado, o Sindicato da Hotelaria do Algarve afirma-se “totalmente solidário com a justa luta destes trabalhadores e apela ao restantes trabalhadores do sector para se sindicalizarem e organizarem em cada local de trabalho para exigirem melhores salários e emprego estável com direitos, conforme dita a Constituição da República Portuguesa”.