O Castelo de Silves foi um dos premiados na 2ª edição do Prémio Cinco Estrelas Regiões 2019, na categoria de Monumentos Nacionais.
O Prémio Cinco Estrelas Regiões é um sistema de avaliação que identifica, segundo a população portuguesa, o melhor que existe em cada um dos 20 distritos (incluindo regiões autónomas) ao nível de recursos naturais, gastronomia, arte e cultura, património e outros ícones regionais de referência nacional; bem como premeia empresas portuguesas que se diferenciam a nível regional.
Através de uma votação nacional, que envolveu mais de 220 mil pessoas, os portugueses identificaram, para cada um dos distritos, o que consideram extraordinário a vários níveis. Esta votação foi gerida pela Multidados.com, uma das empresas de estudos de mercado parceiras dos Prémios Cinco Estrelas.
A propósito deste prémio a Câmara Municipal de Silves “congratula-se pelo reconhecimento recebido, que é uma vitória não só da autarquia, como dos seus técnicos, munícipes em geral. A todos o nosso muito obrigado.”
Na página do Prémio Cinco Estrelas Regiões 2019, relativamente ao Castelo de Silves, lembra-se um pouco da história desta que é uma das “mais notáveis obras de arquitetura militar edificada em Portugal durante a ocupação muçulmana”. A primeira referência conhecida remonta ao século X, com al-Razi (historiador e geógrafo), que se refere a Silves como tendo castelo e simultaneamente que constituía a melhor vila do Algarve. Localizada no outeiro, sobranceira à cidade, o Castelo de Silves é composto por uma imponente muralha, construída em taipa militar e revestida a arenito vermelho. Integra 11 torres, 9 adossadas e 2 albarrãs, entre as quais se desenvolve um caminho de ronda, com uma extensão de 388 m.
Residência de governadores, dos seus contingentes militares e de funcionários da administração, conservam-se no recinto vestígios desta presença materializados em ruínas. Habitado durante pouco mais de um século, foi alvo de um incêndio que o devastou já no período de ocupação cristã.
Perdida a função defensiva, o castelo foi progressivamente abandonado e no início do século XVII estava desabitado. Os sismos de 1504 e 1587 foram ajudaram à sua degradação, fenómenos que se repetiram em 1719, 1722, 1755 ou 1856. Profundamente devastado, o recinto passou a ser utilizado como campo agrícola, depósito geral da pólvora do Algarve e quartel local, até que em 1875 recebeu a cadeia.
Classificado como Monumento Nacional em 1910, o Castelo de Silves chegou a metade do século XX num estado de quase ruína. Na década de 1940, o Castelo foi avo de uma profunda intervenção, que lhe conferiu o seu aspeto atual. Mais recentemente, em 2009, no âmbito do Programa Polis, foi realizada a requalificação do interior, e sofreu depois ainda algumas obras de melhoramentos.