Caros leitores, este será o primeiro jornal depois das férias do mês de Agosto. Pensei sobre o que poderia partilhar convosco e recordei uma história, que já partilhei há umas quantas edições atrás, mas, pelo significado tão atual que tem, resolvi voltar a ela. Esta história pretende promover a reflexão sobre a importância do silêncio e do respeito pela vida alheia.
Promovido pelas media ou pelo vazio das próprias vidas, cada vez se torna mais comum a postura tipo “Big Brother”, a exposição das vidas pessoais, sem, na maior parte dos casos, haver o cuidado de analisar os estragos que se podem causar na vida (que na realidade não se conhece) dos outros.
“Certa vez, um homem tanto falou que seu vizinho era ladrão, que o vizinho acabou sendo preso. Algum tempo depois, descobriram que era inocente.
O rapaz foi solto e, após muito sofrimento e humilhação, processou o homem/vizinho.
No tribunal, o homem/vizinho disse ao juiz:
– Comentários não causam tanto mal…
E o juiz respondeu:
– Escreva os comentários que você fez sobre ele num papel. Depois pique o papel e jogue os pedaços pelo caminho de casa.
Amanhã, volte para ouvir sentença!
O homem/vizinho obedeceu e voltou no dia seguinte, quando o juiz disse:
– Antes da sentença, terá que catar os pedaços de papel que espalhou ontem!
– Não posso fazer isso, meritíssimo! – respondeu o homem – O vento deve tê-los espalhado por tudo quanto é lugar e já não sei onde estão!
Ao que o juiz respondeu:
– “Da mesma maneira, um simples comentário que pode destruir a honra de um homem, espalha-se a ponto de não podermos mais consertar o mal causado”.
– “Se não se pode falar bem de uma pessoa, é melhor que não se diga nada!”
– “Sejamos senhores de nossa língua, para não sermos escravos de nossas palavras.”
Nunca se esqueça:
Quem ama não vê defeitos…
Quem odeia não vê qualidades…
E quem é amigo vê as duas coisas…
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