Hoje, Dia Europeu sem Mortes na Estrada, um dia dedicado ao combate da sinistralidade, a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) divulgou o último relatório. Sem surpresas, a EN 125, no Algarve, é indicada como a estrada mais perigosa do país.
O documento indica que a Estrada Nacional 125, é a via mais perigosa do país, contabilizando quatro pontos negros, com grande índice de acidentes.
Na lista negra das estradas segue-se o IP7 (itinerário principal do Alto Alentejo), com três, e a A2 (autoestada do sul), A20 (via de cintura interna, no Porto), a A5 (Autoestrada Lisboa/Cascais) e estrada nacional 206 (que liga Caxinas a Bragança), com dois pontos negros cada uma.
Ainda segundo a ANSR, os acidentes nas estradas portuguesas provocaram este ano 305 mortos, menos 22 do que em igual período de 2015.
O número de acidentes aumentou 5,5% este ano, tendo-se registado, entre 1 de janeiro e 15 de setembro, 89.368 desastres rodoviários, mais 4.727 que no mesmo período de 2015.
Lisboa é o distrito com mais mortos (45), seguido de Aveiro, Leiria e Setúbal, com 25 mortos cada um. A Guarda é o distrito com menos vítimas mortais este ano, registando três mortos.
Os acidentes rodoviários provocaram também 1.439 feridos graves,
Os atropelamentos representaram um quarto das mortes registadas. A ANSR adianta que os mortos por atropelamento foram os únicos que registaram uma ligeira subida em 2015, ao contrário das colisões (232) e dos despistes (219), que desceram em relação a 2014.
O relatório da ANSR indica também que, em 2015, ocorreram 5070 atropelamentos, 308 dos quais o condutor pôs-se em fuga.
A maior parte dos peões mortos em 2015 tinha mais de 60 anos e os atropelamentos ocorreram dentro das localidades, durante o dia.
A ANSR indica igualmente que os peões morreram depois de estarem a atravessar uma passagem sinalizada (28 dos casos) e a menos de 50 metros de passadeira (21) ou em plena faixa de rodagem (22).
Da lista feita pela ANSR constam 28 pontos negros em estradas portuguesas, o que constituiu uma melhoria significativa já que em 2014 eram assinalados 52 pontos negros.
Já quanto às obras de requalificação da Estrada Nacional 125, como é do conhecimento público, há vários anos que andam aos tropeções sem que a sua conclusão esteja efetivada.