Este ano nasceram em Portugal e Espanha 48 novas crias de lince ibérico, sendo que 10 das mesmas nasceram e estão a ser criadas com sucesso no Centro Nacional de Reprodução do Lince-ibérico (CNRLI) em Silves.
Os números foram divulgados recentemente pelos responsáveis do Programa de Conservação Ex-Situ do Lince Ibérico, (http://www.lynxexsitu.es/ ) agora que passou o período mais crítico ( 60 dias) para a sobrevivência das crias nascidas na primavera.
Em Silves foram formados seis casais, mas duas fêmeas não ficaram gestantes. Artemisa e Foco tiveram três crias, Fruta e Jabugo tiveram quatro crias, Juromenha e Fresco, três.
A única cria de Era e Fado acabou por morrer.
Das 10 crias que sobreviveram, seis são fêmeas e quatro são machos.
Este ano foram formados 23 casais de linces nos cinco centros de reprodução existentes em Portugal e Espanha, um número inferior aos 27 casais existentes em 2015, por haver “menos espaço nos centros de reprodução devido ao elevado número de exemplares albergados no programa”.
No total da temporada, nasceram 58 crias, tendo sobrevivido 48. Além das 10 em Silves, há 19 crias no centro de Zarza de Granadilla, nove em La Olivilla, oito em El Acebuche e duas no Zoo de Jerez. “Todas as mortes de crias aconteceram no momento do parto ou nos primeiros dias de vida”.
A reprodução em cativeiro do lince-ibérico data de maio de 2005 quando, em El Acebuche, nasceram os primeiros linces-ibéricos: Brezo, Brisa e Brezina, filhos de Garfio e Saliega.
Em 2009 começaram as reintroduções de linces na natureza. Desde então já foram libertados 170 animais, com a missão de reforçar populações já existentes e de criar novas. Em Portugal, as libertações começaram em dezembro de 2014, no Vale do Guadiana com Katmandú e Jacarandá. Em maio, foi anunciado que esta fêmea deu à luz as primeiras crias de lince confirmadas na natureza nos últimos 40 anos.
De acordo com o mais recente censo sobre o lince-ibérico, estima-se que existam agora na natureza 404 animais desta espécie.