No dia 17 de julho, o Terra Ruiva publicou um artigo com o título “ Há censura em Armação de Pêra – Terra Ruiva censurado no grupo de Armação de Pêra”, dando conta de uma situação insólita: a sua diretora, Paula Bravo, vira o seu post apagado e fora “bloqueada” depois de partilhar no referido grupo, uma notícia publicada no nosso jornal.
A notícia ( pode consultar o link no final do texto) reproduzia as conclusões do Tribunal de Contas referentes à atuação dos ex-presidentes da Câmara, Isabel Soares e Rogério Pinto, no âmbito do caso Viga d’Ouro.
Por considerar que a atuação dos administradores do referido grupo, configurava um ato de censura e limitativo da liberdade de expressão, o Terra Ruiva citou as duas pessoas que aparecem publicamente identificadas como administradores do grupo: Bruno Miguel Alves e João Santos Pinto, solicitando explicações sobre esta ato e manifestando o seu protesto.
De salientar ainda que os referidos já tinham sido por duas vezes contactados, de forma privada, para prestarem declarações, sem que tivesse havido qualquer resposta.
Entretanto, ontem de manhã a diretora do Terra Ruiva teve a possibilidade de falar com o administrador, Bruno Miguel Alves que se mostrou disponível para esclarecer a sua posição. Assim, este negou não só a autoria deste ato de censura, como também afirma não saber quem será o responsável, uma vez que os administradores têm autonomia de decisão dentro do grupo.
Sobre o facto de não ter respondido às mensagens enviadas por Paula Bravo, justifica isso como um lapso involuntário, pois que é “gestor de 14 páginas e 13 grupos” pelo que recebe diariamente um grande número de mensagens e notificações, não tendo possibilidade de dar atenção a todas.
Bruno Miguel Alves mostrou-se ainda muito incomodado com a publicação do seu nome no artigo do Terra Ruiva, por considerar que o mesmo “ofende a sua honra” e que vê o seu “bom nome posto em causa, por difamação, calunia, humilhação pública, com danos pessoais, profissionais e sociais”.
Sobre este ponto, o Terra Ruiva esclarece que nunca foi sua intenção caluniar ou por em causa nenhum dos administradores do grupo “Armação de Pêra”, ou o seu bom nome ou causar quaisquer danos.
Se no decorrer deste processo alguém se sentiu ofendido, pedimos desculpa. Assim como gostaríamos que o(s) responsável(eis) por esta situação nos apresentasse(m) também um pedido de desculpa.
Lembramos que desde o dia 6 de julho que temos procurado o esclarecimento da situação, primeiro em privado, depois de forma pública e que até agora não temos respostas conclusivas.
Aliás, os pedidos de esclarecimento ao administrador João Santos Pinto, continuam sem qualquer resposta…
Mas a censura continua, pois que no passado domingo, dia 17 de julho, o colaborador do Terra Ruiva, José Manuel Vargas, foi igualmente banido do grupo de Armação de Pêra, após ter publicado um post de Paula Bravo, que anunciava que o Terra Ruiva iria tomar uma posição sobre este caso.
Então, o que se passa neste grupo?
Nas redes sociais, tal como nos jornais, existem regras claras sobre direção e responsabilidade e os administradores dos grupos do Facebook, tal como os diretores dos jornais, têm o dever e a responsabilidade de escolher quem pode publicar e de selecionar o que pode ser publicado. Com esse privilégio vem também o dever e a responsabilidade de assumirem as suas escolhas e decisões e de serem capazes de as justificar e de darem a cara por elas.
É isso que queremos, uma justificação.
Desde o dia 6 de julho que temos insistido na procura da verdade e iremos continuar a procurá-la. Censura, não.
A direção do Terra Ruiva