De 13 a 22 de maio, o Algarve celebra a sua semana mais natural: a Algarve Nature Week (ANW) dá a conhecer o Algarve ativo, com um rico património natural e uma fauna e flora diversificadas, com condições ideais para a prática de atividades ao ar livre e de ecoturismo.
São cerca de 150 experiências outdoor, durante dez dias de atividades a preços convidativos, que dão a conhecer o «outro Algarve».
Há experiências para todos os gostos – para os mais aventureiros, os mais resistentes, para os que gostam de descontrair em família ou para os que apreciam a natureza de forma mais tranquila e relaxada.
As propostas são as mais variadas, para satisfazer todos os gostos e níveis de prática. Desde batismos de mergulho e surf a passeios de barco, visitas a grutas ou rotas a pé e em bicicleta, observação de cetáceos, birdwatching, entre outros, são apenas alguns exemplos das experiências disponíveis, que podem ser consultadas em www.algarvenatureweek.pt
No âmbito da ANW, decorre a Mostra de Natureza, de 13 a 15 de maio, no Passeio das Dunas de Quarteira, em Loulé, que conta com a participação de dezenas de empresas de animação turística e produtores locais. Com entrada livre, a Mostra tem um programa intenso de animação e será a oportunidade perfeita para conhecer de perto o trabalho de artesãos algarvios. No primeiro dia desta iniciativa, todas as atividades são gratuitas: desde experiências equestres em volteio, mini passeios de burro, tiro ao alvo, batismo de mergulho em piscina, entre outras.
Algarve para os amantes de bicicleta
O Algarve é um destino bike friendly, com diversas rotas que atravessam desde o interior às zonas costeiras. Durante a Algarve Nature Week pode-se pedalar na Ria Formosa e junto às margens da ribeira de Algibre, entre barragens ou no Parque Ambiental de Vilamoura.
Pode-se ainda pedalar de forma mais intrépida na Costa Vicentina ou aventurar-se em BTT por caminhos que exigem maior perícia ao volante da bicicleta, em plena serra.
O Algarve a cavalo ou de burro
Esta é uma forma divertida e diferente de desfrutar do lado mais rústico da região. Na ANW, os visitantes terão a oportunidade de interagir com cavalos e burros, escovando-os e dando passeios no campo ou em picadeiro.
Observação de baleias e golfinhos
A costa do Algarve oferece paisagens de grande beleza e as condições ideais para a existência de cetáceos. Aventurar-se mar adentro para observar golfinhos e baleias é uma experiência inesquecível que a Algarve Nature Week oferece.
Desportos aquáticos
O Algarve é um dos destinos preferenciais na Europa para a prática de surf. Amantes da modalidade vêm à região sul à procura de águas limpas, boas ondas, cenários naturais selvagens e muito sol. A Algarve Nature Week é a semana perfeita para quem pretende iniciar-se no surf e para quem pretende experimentar stand up paddle ou uma das 13 atividades de mergulho disponíveis. Há-as para todos os gostos e níveis de experiência. Para quem dispensa o fato de neopreno e a botija de oxigénio, existe sempre o snorkeling, um tipo de mergulho à superfície com o auxílio de um tubo e uma máscara.
Visita a grutas e formações rochosas
A costa algarvia é uma das mais bonitas da Europa, com as suas falésias de cor ocre e as suas grutas a convidar à descoberta. Os passeios de barco permitem apreciar de forma única estes cenários naturais. Muitas excursões da ANW incluem também passeios de jipe por pontos de interesse cultural, banhos em praias paradisíacas ou festas em alto mar.
Caminhadas
O interior do Algarve é um mundo verde para explorar. A Algarve Nature Week apresenta várias opções para descobrir o património natural e cultural da região, através de 15 propostas diferentes. Umas passam por adegas, melarias e grandes carvalhos, noutras os visitantes acabarão por construir o seu próprio apito ou bastão de caminhada em cana, com a ajuda de um mestre artesão. E noutras poderão cruzar moinhos, salinas, pontes romanas, castelos, ribeiras e falésias. Quem pretender andar por trilhos ainda mais incomuns, poderá optar pela rota do marisco com degustação de ostras no final e um passeio pelo barrocal com uma oficina de doces típicos à mistura.
Birdwatching
Com mais de 250 espécies registadas, muitas delas únicas no mundo, e grande parte do seu território classificado como Zona Especial de Proteção para as Aves e Important Bird Area, o Algarve é um destino preferencial para os amantes de birdwatching, com várias zonas privilegiadas para a observação, como o Parque Natural da Ria Formosa. Durante a Algarve Nature Week há sete experiências de birdwatchig que o levarão por alguns dos melhores locais para realização desta atividade seja em passeios de barcos pelos canais mais labirínticos e secretos da Ria Formosa seja em caminhadas no coração do Parque Natural da Ria Formosa.
Passeios todo-o-terreno e outras atividades
Os passeios em jipe permitem descobrir pontos de interesse históricos e paisagens maravilhosas de uma forma original. As propostas da ANW aliam passeios todo-o-terreno com safaris e cruzeiros pelo Guadiana e almoço com música tradicional ao vivo. A ANW propõe ainda um meio dia radical com percurso pedestre com iniciação à escalada e rappel, slide e arborismo, BTT downhill, travessia da Barragem da Bravura em canoa; e ainda um passeio de Tuk Tuk pelo centro de Faro, provas de vinho, um passeio interpretativo do processo de transformação da cortiça e ainda atividades de interação com cabras anãs.
A Algarve Nature Week na Internet:
https://www.facebook.com/algarvenatureweek
https://www.instagram.com/algarvenatureweek
Calculo, antecipadamente, que este comentário será um pouco, como costuma dizer-se, como gritar no deserto.
Porém, como as nossas posições devem ser tomadas em função da nossa própria consciência, aqui deixo a minha visão sobre o tema, que, abaixo, desenvolverei.
Cada um de nós é inteiramente livre de escrever como muito bem entende.
Contudo, não deixa de caber aqui a pergunta : porque não “SEMANA ALGARVIA DA NATUREZA”, em vez de “ALGARVE NATURE WEEK” ?
Não é novidade para ninguém dizer-se que a Língua Portuguesa é o que nos dá, mais do que qualquer outra causa, a identidade de sermos Portugueses e que é a ela que devemos o penhor de nos sentirmos unidos, como um povo, com as suas características próprias e únicas, boas ou menos boas, e fazendo parte do mesmo tecido social, da mesma cultura e da mesma história.
Acresce que a Língua Portuguesa mantém uma personalidade afirmada, já desde o século XVI, quando o génio de Camões a fixou, de um modo definitivo, praticamente
igual ao dos dias actuais, bastando, para isso, consultar o “fac-simile” da primeira edição de “Os Lusíadas” para confirmarmos que assim é.
Além do Épico, vários outros cultores e próceres da nossa Língua contribuíram, desde muito cedo, logo no Renascimento, para a burilar, para que ela pudesse expressar os mais subtis estados de espírito, nas várias áreas da prosa, da arte ou da oratória, tais como, entre outros, os poetas Sá de Miranda e António Ferreira, Gil Vicente, Damião de Góis, Samuel Usque ou o mago do verbo, Padre António Vieira.
Quando vemos uma Língua que atingiu a sua maioridade, há cinco séculos, a Língua de Camões, recorrer, desnecessariamente, a “bordões” estrangeiros, chegamos à conclusão que algo está mal, algo que configura uma manifesta e lamentável subserviência a esse outro idioma.
É o caso vertente, a que acima aludimos, entorse cultural, que devemos sentir como uma agressão à nossa cultura e à nossa própria dignidade de Portugueses – falo por mim –
e que é corrente, de Norte a Sul do país, e em todas as classes sociais.
Apesar de não ir tão longe como uma personagem pública conhecida, que assimilou este uso compulsivo do Inglês, em vez do Português, a uma patetice de cariz provinciana, não deixo de concordar, em parte, com a mesma afirmação.
Como lição para nós, darei como exemplo os Brasileiros, que se expressam sempre, nos “fora” estrangeiros, na sua Língua pátria, sejam eles diplomatas, políticos ou noutra qualquer função oficial.
Do mesmo modo, contamos pelos dedos da mão, as canções brasileiras, cujas letras não são em Português.
Deveriam calar um pouco mais fundo dentro de nós o que escreveram :
1 – Bernardo Soares (heterónimo de Fernando Pessoa) : “ A minha Pátria é a Língua portuguesa” ;
2 – Eça de Queiroz : “Um homem só deve falar, com impecável segurança e pureza, a Língua da sua terra. Todas as outras as deve falar mal, orgulhosamente mal, com aquele acento chato e falso, que denuncia logo o estrangeiro.”