PS acusa presidente da CMS de “humilhar” funcionários e Rosa Palma fala em posições “absurdas”

PS Silves acusa a presidente da Câmara de dar ordens que são “uma humilhação” para os funcionários

O PS/Silves divulgou, no dia 3 de maio, um comunicado contestando e questionando a atuação da presidente da Câmara de Silves, Rosa Palma, que terá dado “uma ordem” que “obriga” os trabalhadores da autarquia “ a aceder ao local de trabalho só pela porta traseira do edifício”,
“Nunca antes tal medida tinha sido tomada, sendo que os funcionários sempre entraram e saíram pela entrada principal do edifício” critica o PS que adianta ter ainda questionado a presidente Rosa Palma, na Assembleia Municipal de Silves, sem que tivesse obtido qualquer resposta sobre qual seria o “objetivo da medida”.
“O Partido Socialista considera esta medida como indigna para todos os trabalhadores da autarquia que terão de se submeter a entrar por um pequeno portal. Nenhum trabalhador deve ser sujeito a estas práticas, muito menos quando as mesmas são tomadas sem qualquer justificação”.
Para o PS além da medida representar “uma humilhação” para os funcionários da Câmara, é também uma “atitude prepotente da Presidente da Câmara de Silves” sendo “ainda mais grave pelo facto de ter sido tomada pelo partido que se diz a favor dos trabalhadores – CDU”.

Comunicado completo, Aqui: Comunicado PS

Presidente da Câmara diz-se surpreendida “com posições públicas absurdas”

Entretanto, a presidente da Câmara, Rosa Palma, emitiu um comunicado em resposta às acusações do PS/ Silves , afirmando-se surpreendida “com posições públicas absurdas e desfocadas da realidade” que por vezes são produzidas pela “atividade político-partidária”.

“Vem isto a propósito do recente Comunicado do PS Silves que considera indigno, prepotente e humilhante o facto da liderança autárquica ter transferido o acesso dos funcionários municipais ao edifício da câmara – da porta principal para uma porta lateral – (não, porta traseira, como é dito), falando inclusivamente em clima de medo e perseguição!”, lê-se no comunicado, com data de 4 de maio.
Esta decisão é justificada, pela presidente da Câmara, pela abertura de um novo serviço de centralização do atendimento ao público, no rés-do-chão do edifício, o que levou à reorganização de espaços, pelo que “a alteração do local de entrada para os funcionários municipais obedece simplesmente ao propósito de descongestionar o espaço e libertá-lo para os utentes e população”.
“Não se justifica em que medida é que os trabalhadores são penalizados, desconsiderados, discriminados ou afetados nos seus níveis de desempenho, por acederem ao edifício da câmara por uma porta lateral, exactamente, o mesmo local por onde entram e saem – a Presidente da Câmara, os vereadores permanentes ou os elementos dos Gabinetes de Apoio”, adianta o documento.
No final, Rosa Palma afirma que “em matéria de defesa dos interesses dos trabalhadores, não receamos comparações” e enuncia uma série de medidas que a autarquia tem vindo a tomar neste campo.
“Reafirmamos como eixo estratégico da nossa ação, a promoção da relação de proximidade e respeito para com todos os funcionários, operários, técnicos e dirigentes, independentemente de crenças políticas, religiosas ou outras, exigindo-se somente em troca – rigor, seriedade e profissionalismo no desempenho das funções -, não se reclamando, absolutamente, mais nada”, conclui.

Comunicado completo, Aqui: comunicado_CMS_4Maio2016

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Um Comentário

  1. José Domingos

    Nasci no concelho, em Messines, embora resida longe.
    Procuro, contudo, acompanhar, mesmo à distância, o que de interesse nele se passa.

    Li toda a notícia, onde são vertidas as posições das duas partes em disputa e, face ao que é referido, repito, face ao que é referido, formei a minha opinião.
    O Terra Ruiva é um espaço público, onde podemos vazar os nossos próprios comentários, que é o que farei, com todo o respeito por ambas as partes.

    Sabemos que as Autárquicas decorrerão, prestes.
    Permita-se-me, na qualidade de um mero cidadão a quem interessa o fenómeno político, como um dos meios mais dignos de ser útil aos outros, um pequeno desabafo, que só a mim, pessoalmente, me obriga : não pode, nem deve valer tudo em política, como meio de atingir os fins, e não é curial que tudo sirva como arma de arremesso, no âmbito da luta, que deve ser franca e aberta, no domínio do terçar das ideias, esse, sim, o melhor modo de servir a pólis.

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