Mais uma vez, a vila de Messines prepara-se para receber a grande festa do Carnaval.
São três dias de festa que trazem à vila, vários milhares de pessoas ( mais de 6.000 no último ano).
A poucos dias do evento, o Terra Ruiva foi assistir aos preparativos e aos trabalhos nos bastidores…
A “magia” do Carnaval de Messines acontece por detrás de um “portão azul, junto à Escola Primária”.
Sigo as indicações de Lília Lopes, a presidente do Grupo Amigos de Messines, a associação que há alguns anos atrás recuperou a festa do Carnaval em Messines e que tudo tem feito para manter esta iniciativa.
Num enorme armazém que foi emprestado à organização, encontram-se os carros que irão este ano participar no desfile. São dez carros ( o 11º ainda não estava confirmado), feitos pelos grupos:
“Trópico Bar”, “Bora Lá”, “Extremo Sul”, “Amigos do Sol Nascente”, “NV Flores”, “EB 2,3 João de Deus”, “Papelaria da Vila”, “Casa do Povo de Messines”, “Amigos do Ginó” e “Amigos da Pedreira”.
Para este ano, os grupos encontram-se a trabalhar livremente, não havendo nenhum tema escolhido. Segundo Lília Lopes, essa foi uma decisão tomada pelos participantes no ano passado. “Assim que o carnaval acaba, fazemos uma reunião de avaliação e decide-se logo o tema para o próximo ano”, explica.
Na verdade, toda esta antecedência pode parecer exagerada, mas para que se festeje durante três dias é necessário trabalhar muitos meses.
Ana Neves é uma das participantes que se encontra a trabalhar no carro “Bora Lá” (patrocinado por uma pastelaria), e deixa o seu testemunho: “as primeiras reuniões fazemos em outubro, novembro, para discutir os temas do carro e como vamos fazer. Depois à medida que se aproxima a data, começamos a vir para aqui, duas ou três vezes por semana, isso também depende dos carros, se dão mais trabalho ou menos”.
No caso de Ana Neves, a festa de carnaval é uma coisa da qual já não prescinde. Lembra-se de desfilar desde os seis anos. Anos mais tarde começou a participar também na execução da festa e gosta de fazê-lo. Para participar há uma só condição: “é só ter espírito carnavalesco”.
É talvez esse espírito que atrai também pessoas de outras localidades que para aqui se encontram a trabalhar, vindas de Silves, Lagoa ou Pêra…
Para que o Carnaval de Messines continue a ser bem sucedido é necessário a conjugação de vários fatores que Lília Lopes enumera: o trabalho das pessoas que fazem os carros; o trabalho das pessoas que em muitas instituições, (Centro de Dia, Polo de Educação, Sociedade de Messines ou até em casa), fazem as flores de papel; a participação dos figurantes nos desfiles (quase 300 no ano passado); o apoio financeiro do Crédito Agrícola de Messines e do comércio local e das entidades públicas como a Câmara de Silves e Junta de Freguesia. Aos quais se soma a importante colaboração da GNR e Bombeiros de Messines.
No interior do grande armazém, muito frio e onde chove, a presidente dos Amigos de Messines fala ainda das dificuldades que a organização tem em encontrar um espaço adequado “precisávamos de um sítio onde guardar os carros e o material, que estamos aqui por empréstimo. A Junta de Freguesia cedeu-nos um espaço no estaleiro, mas tem de ser fechado, tem de ser feito um armazém e ainda não houve dinheiro para isso”.
Mas, para já, para a festa que se aproxima, os pedidos são dirigidos a S. Pedro “ lá ver se nos ajuda com bom tempo, que nos últimos anos não tem sido muito nosso amigo”. Para o futuro? “O que é preciso é que este pessoal continue empenhado, que venham cada vez mais pessoas para que isto dê um saltinho, no sentido positivo”.
CORSO – PROGRAMA
Domingo- Dia 7 de fevereiro, às 15h
Segunda-Feira – Dia 8 de fevereiro, às 21h
Terça-Feira – Dia 9 de fevereiro – às 15hEnterro do Entrudo – ( Mitos Café)
Terça-Feira, dia 9 de fevereiro, às 22h