Compromisso Pessoal de Mudança

A todos os leitores, antes de mais, quero desejar um bom Ano 2016! Que este seja um ano de conquistas e renovações, na construção de um caminho de felicidade.

Todos os anos, ao começar um novo ano, ouvimos frequentemente dizer “Ano Novo Vida Nova!”. Contudo, nem sempre se passa do pensamento à prática, pois o processo de mudança pessoal é provavelmente uma das tarefas mais difíceis de realizar pelo ser humano. Vamos iniciar as nossas partilhas do ano falando sobre o compromisso de mudança que necessitamos de fazer connosco próprios para conseguirmos dar o salto das boas intenções para a prática.
Em geral, as pessoas não estão totalmente satisfeitas com seu comportamento, seja pessoal ou profissional, mas encontram grandes dificuldades em realizar as mudanças necessárias. Há o desejo de abandonar alguns hábitos e formas de vida (fumar, emagrecer, reduzir o stress, …), mas continuam a repeti-los compulsivamente, ou tentam mudar radicalmente e não são bem sucedidas. Em todas estas situações falta uma estratégia para realizar as mudanças necessárias.

Existem, contudo, alguns pressupostos básicos que necessitam ser compreendidos inicialmente para possibilitar a realização destas mudanças e definir uma estratégia eficaz de mudança. Falemos hoje desses pressupostos:

1. É sempre melhor ter várias escolhas para um determinado comportamento do que não ter escolhas, ou seja, existem diferentes caminhos para chegar ao destino. Assim, se criar diferentes caminhos, quando um não está a permitir-me chegar da forma e no tempo desejado, posso mudar de rumo, em vez de ficar bloqueado. Resumindo, Acrescentar mais opções de comportamentos para satisfazer as mesmas necessidades.
Não ter alternativas é uma forma de limitar a pessoa. O jogador que tem apenas uma opção de jogo, ao fim de algum tempo corre o risco de perder a eficácia, ao contrário daquele jogador que têm várias alternativas e consegue sempre surpreender o adversário.
2. De uma forma geral os indivíduos já têm os recursos pessoais necessários à realização das mudanças desejadas, mas nem sempre podem contar com estes recursos em todos os contextos. Por exemplo, algumas pessoas têm medo de falar em público, no entanto conseguem ser bons comunicadores em outras áreas de suas vidas. Os recursos de comunicação já estão no seu reportório de competências, no entanto elas não conseguem aplicá-los no contexto específico de falar em público.
A nossa história de vida permite-nos adquirir várias competências através das experiências pessoais, que são recursos valiosos e podem ser utilizados em outras situações parecidas. Aprender a ativar esses recursos e aplica-los em outros contextos, implica muitas vezes “limpar as memórias traumáticas” associadas a esses contextos e aprender a lidar com as emoções negativas.

3. Cada comportamento de qualquer ser humano tem alguma função positiva em determinado contexto. Ou seja, existe algum ganho em certas áreas de nossa vida ao realizarmos determinados comportamentos, mesmo que estes em si não sejam apropriados em outras áreas. Por exemplo, ser uma pessoa fria e insensível é considerado um defeito nas relações sociais do dia-a-dia, no entanto em situações de grande tensão, perigo ou stress, este comportamento pode ser útil e até salvar a vida desta pessoa. Qual é a funcionalidade deste meu comportamento? Esta é a pergunta a fazer a si próprio, de forma honesta.
Em geral as pessoas não têm consciência desta relação entre comportamentos, recursos pessoais, propósitos e contextos. Lutam muitas vezes consigo próprias para superar um determinado comportamento inadequado, sem levar em conta que este tem algum propósito, ou seja, uma função em outra área da sua vida. Enquanto a pessoa não elaborar uma estratégia para gerar novos comportamentos que possam substituir a função dos antigos nas áreas em que eles estão a ser úteis, dificilmente conseguirá fazer mudanças definitivas.
Por exemplo, algumas pessoas podem ficar doentes a partir de um desejo inconscientes de chamar atenção, outras fumam ou bebem por falta de companheirismo, baixa autoestima, ou alguma outra necessidade que não percebem conscientemente. Na verdade todos os nossos comportamentos têm algum propósito, apesar de nem sempre terem um significado racional.

Torna-se assim, necessário realizar um processo de autoconhecimento, análise e reflexão, que permita entender as razões do comportamento, para então definir uma estratégia de mudança eficaz. Falaremos de algumas estratégias no próximo artigo.

“O verdadeiro conhecimento vem de dentro.”
Sócrates- Filosofo

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