Os vereadores socialistas na Câmara Municipal de Silves – Fernando Serpa e Paulo Pina – divulgaram uma declaração de voto acerca da reunião deste órgão realizada no dia 7 de outubro, por considerarem que a mesma foi “ o reflexo de uma política desastrosa deste executivo permanente, no que respeita à captação de investimento privado para o concelho”.
“Chegámos ao cúmulo de ter agendado para a reunião de hoje apenas dois processos” , “depois de assistirmos ao longo destes dois anos a um decréscimo cada vez mais acentuado do número de processos de obras particulares”.
Para a vereação socialista, a “crise económica que o país atravessa” e as “dificuldades que se colocam a quem quer investir” não justificam “por si só, o marasmo a que o concelho de Silves chegou”.
No documento acusa-se a “governação CDU” de, em dois anos, não ter tido tempo suficiente para “aprovar a Revisão do PDM que estava pronto para discussão pública em 2013 e na melhor das hipóteses, será concluída em 2016 ou 2017, inviabilizando um vasto conjunto de investimentos que esperam e desesperam pelo novo PDM e mantendo em vigor um documento que já devia ter sido revisto há mais de uma década; e rever o regulamento de taxas e licenças que tanto criticado foi pela CDU durante a campanha eleitoral de 2013, mas que continua em vigor com taxas elevadíssimas e que em nada contribuem para o incentivo ao investimento e para a promoção da economia local; elaborar um Plano Estratégico, instrumento fundamental para a gestão de qualquer organização; definir uma política municipal de apoio ao empreendedorismo”.
No final, os vereadores dizem esperar que o Orçamento e Grandes Opções para 2016, “ao contrário dos anteriores, possa ser um instrumento de promoção do investimento privado, da atividade económica local e da criação de emprego”.